segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Retro 2009 - Os primeiros meses

Quase todo mundo vai a piscina, viajam, vão à praia ou qualquer lugar que seja bom para descansar, mas eu não. Eu fiquei em casa, presa à internet e todos as pessoas que conquistei através dela. Dentre dessas pessoas, eu conheci o grande amor da minha vida - mas eu não sabia. Hoje dói dizer-te isso, mas eu te iludi. Iludi porque escondi o meu amor num lugar onde ninguém pode vê-lo e, mais ainda, te iludi por dizer-te que nunca iria te deixar porque eu tinha o maior amor do mundo. E, de fato, tenho, mas como eu havia dito, eu não sabia. Talvez até sabia, mas tenho que admitir que aprendi a amar o que era bom para a minha imagem naquela época. Não que fosse algo que eu me orgulhasse, mas achei que seria melhor para mim viver longe de ti. Foi uma decisão egoísta, eu sei. Deveria ter pensado em você e todo o sofrimento que tu deves ter passado por eu ter dito "não amo mais você". E, sinceramente, se eu não estivesse rodeada de amigos a minha volta, não teria superado essa barreira. Você pode pensar que foi fácil para mim te deixar assim, tão rápido. Mas não foi. Me relacionei com outras pessoas, reencontrei antigas paixões infantis, e tudo o que eu queria era encontrar alguém que fosse um tanto parecido com você, e que de preferência morasse na minha cidade. Tudo isso porque eu nunca acreditei em namoro a distância. Quem me fez, de fato, acreditar foi você. E o que me fez desistir do nosso namoro nesses meses iniciais, foi justamente o que mais me encantou em ti: o teu jeito. Não que seja um jeito que interfira em alguma coisa, mas tu eras, continuas e sempre será um tanto complicado. Bem, esse era o seu problema. O meu era que eu simplesmente não sabia lidar com isso e você sabe, às vezes a gente explode. Decidi largar a tua mão, deixar tu viver a tua vida e não mais encostar a minha boca na tua e nem a tua respiração ofegante aos meus ouvidos. E agora, tu deves te perguntar se eu me arrependo. Pois respondo-te que não. Não, porque os finais são sempre os mais felizes, e comigo não foi diferente.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A parte de mim que se foi

Hoje, dia de natal, dia das perdas e dos ganhos. Mas qual o sentido de trocar um perfume de natal por um grande amor? Qual o sentido de ganhar uma coisa insignificante que a gente acha em todos os cantos da cidade, por um grande amor que é difícil de encontrar? Eu não entendo. Já tentei entender demais o que te faz mudar de ideia seguidamente, e, a gente cansa. Não tenho palavras, eu perco a inspiração quando tu não estás sendo o meu ar. Só queria que tu soubesse que talvez, quando tu chegar aqui, eu não esteja mais te esperando como estaria se estivéssemos ainda juntos. O meu amor não vai mudar, a minha dor não vai passar, a questão é a aprender a viver sem ti e não esquecer.

Um feliz natal pra ti e pra todo mundo que lê este blog. Por que, provavelmente o meu natal será o pior de toda a minha vida. Que venha 2010.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O arco-íris da minha vida

Eu, que tanto esperei encontrar alguém que pudesse mudar para sempre a minha vida. E, que de tanto esperar e não ver ninguém chegar, acabei por desistindo de todos. Fiz das canções que eu te escrevi, a poesia que existe no meu olhar. E, mais ainda, transformei a minha vida, rica em cores e luz que tu me trouxestes, em um arco-íris colorido e alegre. Faço das palavras que já te escrevi, pequenos desabafos do meu coração que, enlouquecidamente, tem a necessidade de dizer que te desejas e te quer, como nunca quis alguém. Meus músculos se contraem toda vez que eu vejo o teu olhar. Eu, que tanto fui fria para essas coisas, passei a observar o teu olhar que poderia me dizer muita coisa, como a maioria dos olhares, mas este, este seu olhar não me diz nada. É um mistério que eu pretendo desvendar ao longo da minha vida inteira ao teu lado. Enquanto isso, a saudade me sufoca e me acorrenta a uma cama de quarto escuro. As lágrimas me engasgam por dentro e o meu coração, bem... este fica só. Só, mas a tua espera. O meu amor fica procurando respostas para o por quê de não estarmos juntos agora. Eu fico tentando me desprender a essa saudade que me deixa sem saída. Eu fico tentando fazer com que o meu coração reaja porque eu simplesmente não entendo porque ele fica engasgado e sem reação quando tu não estás por perto para cuidar dele, do teu jeito. Tento recordar-me de ti, mas ainda assim, meu coração não toma nenhuma atitude. Tento confortá-lo dizendo que tu já estás chegando para cuidá-lo, mas as palavras não bastam. Imploro-te, meu amor, que chegues logo porque a saudade, às vezes aperta tanto que eu fico sem respirar.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Whatever It Takes

Já tentei expor em inúmeras palavras que o que eu sinto por ti não é um sentimento qualquer. E, mais do que isso, que não haveria ninguém, repito, não haveria ninguém que pudesse ocupar o seu lugar. Ainda assim, todas essas palavras foram simplesmente ignoradas. Hoje, meu coração derruba sangue ao invés de transbordar amor e, eu me pergunto se tudo isso é motivo para levar ao fim um romance que já superou barreiras muito piores? Não queria ter que largar a sua mão, não agora. Não antes de poder ter a sensação que eu sempre tenho ao ver-te na minha frente. Mas, infelizmente, parece que tudo o que eu faço pra tentar te ter ao meu lado, mesmo distante, não adianta. Tu queres sempre mais do tempo que eu posso te dar. Queres mais de mim. A verdade é que tu quer alguém que sabe que eu não posso ser, ou talvez até possa, mas não queira. Eu juro que eu tentei entender você, juro. Mas não consigo. Talvez um dia eu consiga, quem sabe... Até esse dia chegar eu fico aqui, me questionando pelas vezes que tu sorristes com um sorriso que não era o seu. Entrego-te o meu coração, mais uma vez, e a partir de agora, faça o que quiser e o que achar que for preciso dele. Custe o que custar, eu não vou desistir.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Quando eles dizem "adeus"

Na serração da noite, sentei-me ao lado teu num banco de praça como qualquer outro. Não havia mais ninguém lá, só nós dois. Estava tão escuro que mesmo com a serração tapando a nossa visão, podíamos observar as estrelas. O silêncio nos acobertava com uma sensação muito agradável, pois sabíamos que não haviam palavras o suficiente para dizer ali, naquele exato momento. Nos olhávamos com aquele olhar sem compromisso, simplesmente um olhar como qualquer outro. Tínhamos a certeza de que seria melhor assim, que não importasse o que acontecesse, as lembranças jamais seriam esquecidas. Você segurou a minha mão pela última vez, me beijou pela última vez e pela primeira vez me disse "adeus". Saiu de lá, caminhando sozinho pelas ruas vazias e escuras e sem o menor medo. E eu fiquei lá. Sozinha, sentada naquele banco de praça, olhando para as estrelas e implorando a elas que me tragam o amor da minha vida de novo. Mas ele não veio. Nunca mais voltou. Assim a vida é. Nós devemos nos submetermos a aceitar até as piores coisas do mundo e seguir em frente. Afinal, a vida foi feita para ser vivida, mesmo que seja contra a nossa vontade.

Alguém que me faz sorrir

Saudade. Palavra que só existe tradução aqui. Sentimento que aperta milhares e milhares de corações ingênuos e que faz muita gente apaixonada chorar. É o que eu sinto hoje. Saudade. Saudade de uma pessoa que eu conheci a um ano atrás e que fez da minha vida um furacão de acontecimentos que transbordava amor, muito amor. Alguém que me fez entender o significado das coisas simples da vida, mas que eram muito valiosas. Alguém que me ensinou muitas coisas e que, com isso, me fez crescer como mulher e como pessoa. Alguém que por mais de todas as dificuldades que passamos juntos, nunca desistiu de ser feliz comigo, nunca desistiu do nosso amor. Alguém que eu não vou nunca mais soltar a sua mão, que eu vou levar comigo para sempre. Ao meu lado.

Um relicário imenso desse amor

Todas as coisas que eu guardo no meu coração, eu procuro não mostrar a mais ninguém. Tudo isso porque quanto mais eu abro ele para as pessoas entrarem, mais forte seria a minha queda. É um medo que eu costumo ter mas não me orgulho disso. Até que você apareceu na minha vida, num dia como todos os outros. Mal sabia eu que ali estava o amor da minha vida. Tivemos vários dias e noites de papo furado, conversas sem intenção alguma de nos apaixonarmos, mas, assim como todos os amores e nos contos de fadas, o amor acontece quando a gente menos espera. E eu não esperava por ti. Não esperava que tu fosse se transformar na pessoa mais importante da minha vida em questão de meses, tampouco pensava que nós iríamos durar tanto tempo juntos. É até engraçado a forma como nós nos apaixonamos e como tu roubastes meu coração num passe de mágica. Transformastes meus dias que eram monocromáticos em dias coloridos e felizes. Fizestes da minha vida uma mudança radical e entrastes no meu pensamento sem a passagem de volta. Me fez crescer 5 anos de vida em 5 meses de namoro. Me fez da santiaguense, gaúcha e solitária, a guria mais feliz do mundo. E continua me fazendo. Imploro-te que nunca largue a minha mão. Já sobrevivi três meses sem ti, e não quero ter que te deixar de novo. Suplico que tu nunca me esqueças, pois nessas idas e vindas da vida, algum dia eu posso ou tu podes ser levado de mim. Adianto ainda para que tu, sempre que se sentir só, abra o teu coração e veja que lá existe um relicário imenso do nosso amor.

Lyrics and melodies

"Quero chegar onde eu não posso ir
Quero descer pra te fazer subir
Quero cantar pra quem não quer sentir
Quero chorar quando morrer de rir
Quero que tudo seja sem querer
Quero ganhar pois não posso perder
Quero que você só confie em mim
Eu quero terminar tudo antes do fim".


Velhas Novidades, Abril.

Tudo o que eu sou

Eu sou aquela lama que você pisa e depois reclama porque sujou sua calça jeans. Sou aquela poça d'água sem nenhuma utilidade, exceto a de banhar várias pessoas quando um carro passa em alta velocidade. Sou aquele fio de cabelo que te irrita quando gruda na sua pele com suor. Eu sou um pedaço daquele bolo que todo mundo detesta, ou aquele refrigerante podre que não custa mais de um real. Sou a roupa mais barata da loja mais popular da cidade. Sou nada para muitos mas sou muito para quase nada. Sou aquela unha encravada que só incomoda. Sou aquele mosquito que não para de picar durante a noite e aquela mosca agitada. Sou um gato no cio. Sou um tiro no escuro. Sou alguém. Ou ninguém.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ainda hoje as palavras me faltam

Ainda hoje as palavras me faltam. Não consigo mais expressar o que eu sinto nelas. É muito amor, é muito forte e seriam muitas palavras. Ou não seriam nada. Mas queria poder dizer-te que, amor, tu és a vírgula da minha vida, o reticências do meu pensamento e o ponto final do meu coração.
Ainda hoje as palavras me faltam...
Will you marry me?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Coisas sem sentido

Eu sempre vivo a procura de respostas para as minhas dúvidas, mas nunca encontro nada. Tenho uma ânsia de viver sempre mais, porém, tenho medo do amanhã, do que está por vir. Não falo sobre a morte, não tenho medo de morrer amanhã. O que eu mais tenho medo é de morrer sem viver a minha liberdade, sem dizer as palavras que me faltavam dizer-te e sem deixar escrito tudo o que eu sinto quando a minha vida não está um tanto favorável. Entretanto, meu tempo é gasto assim: pensando no futuro sem tomar uma atitude de mudar o presente. Reviro meus pensamentos, cavoco lembranças no meu cérebro ou alguma coisa que me fizesse deixar de ser quem eu sou - não encontro nada. Tudo o que eu vejo são sombras que só querem me derrubar. Sombras da minha própria inconsciência ou as chamadas 'bestas do cérebro'. A cada decisão, me sinto inutilmente impossibilitada de resolvê-las. Percebo que não sou o que eu queria ser para ti e isso é o que mais me machuca por dentro. Deparo-me com você questionando meus atos e as minhas atitudes falháveis, e quanto mais tu me questiona, mais confusa fico eu. E me pergunto se sou o que eu queria ser? Se todas as coisas que eu precisava lhe dizer - e que estavam estagnadas em minha garganta - já foram ditas? Não há respostas. Me reviro na cama para tentar encontrar alguma solução para os meus problemas, mas tudo a minha volta está escuro e embaçado o bastante para eu conseguir enxergar algo. Peço-te para desligar os aparelhos que prolongam a minha vida, e, finalmente me deixe seguir meu caminho, longe dessa vida que eu tanto questiono.

É tudo culpa do sistema límbico

Chorar por saudade ou até mesmo por amar demais. Viver à espera de alguém que pode ou não chegar. Cantar no chuveiro músicas que só ele, o seu amor, te faz escutar. Rabiscar todo o seu caderno com corações e a inicial do nome dele. Ser mais otimista com as coisas e calmo com as pessoas. Viajar nos pensamentos, esquecer do mundo, não prestar atenção nas aulas. Morrer de rir se lembrando dos momentos que passaram juntos. Desejar sempre o beijo dele, o abraço, o carinho e o afeto. Ignorar seus defeitos e encher o saco das suas amigas lhes contando as suas qualidades. É comprar presentes e enchê-lo de mimos. Morrer de ciúmes de qualquer pessoa que cruza a sua volta e sempre arranjar barracos. Ficar ansiosa o esperando para irem juntos ao cinema. Todos esses sentimentos, todas essas emoções, é tudo culpa do sistema límbico, caralho! O amor é culpa do sistema límbico, o sofrimento, a angústia, a saudade!

Saudade

Dói quando estou longe de ti.
E dói mais ainda saber que nunca vou voltar a ver-te.
Talvez, quando eu me ir também...
Tu me esperaras na porta, com uma rosa na mão.

sábado, 12 de dezembro de 2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Por que?

Hoje eu falo sobre o aperto que sinto de te ver se distanciando cada vez mais de mim. Isso me destrói, e mais ainda, destrói ao nosso amor. O amor que tanto lutamos para conservar e que nos mostrou ser um amor invencível, apesar das nossas diferenças. Sinto teu coração mais longe do meu agora. Eu nunca quis que as coisas acontecessem assim. Até entendo você, mas tu continuas sendo indefinível para mim. Minhas lágrimas caem, como a chuva que também cai lá fora. Nunca pensei que fosse tão difícil fazer alguém feliz antes. Eu tentei, você sabe... Nós tentamos. Mas, será que já paramos pra pensar que nós nunca iremos dar certo? Será que é só com o tempo que as coisas se ajeitam mesmo? Será que nós tentamos todo esse tempo criar um ideal, criar planos para o futuro e acabamos esquecendo do hoje, do agora, do presente? Onde foi que eu errei, dessa vez? Nós temos conserto? Enquanto tu estás aí, eu estou aqui tentando consertar erros nossos, tentando justificar nossas brigas, e mais do que isso, tentando entender você.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A trilha sonora da minha vida

Durante a minha pré-adolescência, eu convivi com muitas intrigas e revoltas familiares e, por mais doloroso que tenha sido para mim aceitar a verdade, eu pude tirar um bom proveito. Após ela, senti meu amadurecimento em diversas questões sociais, principalmente na escola. Via meus colegas correndo atrás das minhas colegas para atirar umas folhas de árvores que tem por lá. Eu achava isso o cúmulo da infantilidade e da idiotice, mas, eles tem o direito de aproveitar a "infância" deles, como eu não tive. Digamos que metade do meu amadurecimento eu devo a ti, meu amor. Porque, por mais distante que nós estamos, tu sempre esteve bem presente na minha vida nesse último ano e isso tem significado muito pra mim. Na verdade, tu sempre esteve debaixo do meu nariz, mas eu nunca te vi. E desde a primeira vez que eu te senti, que eu pude olhar uma foto tua e dizer com convicção "é o amor da minha vida", eu aprendi a falar com as estrelas. Olhava para elas nas minhas noites sem sono e dizia para me trazerem você antes que eu enlouqueça nesse mundo. E me trouxeram. Por alguns instantes, mas são lembranças que julgo nunca esquecê-las. Pude ver o seu sorriso, sentir seu cheiro, te abraçar, te tocar, te sentir mais meu. Analisei cada traço desse teu rosto que eu tanto desejo. Vi cada detalhe do teu olhar que pra mim, é o mais lindo de todos. Penso, logo chego a conclusão de que você é tudo o que eu sempre quis, tudo o que eu sempre precisei para os meus dias serem mais felizes. Você põe cor no meu mundo que às vezes é tão escuro. É como se fosse uma música, de primeira, você não gosta, mas mesmo assim vai ver a letra ou a tradução. Vê que ela é muito diferente do que você pensa, e passa a ouvi-la. Em segundos, ela passa a ser a trilha sonora da sua vida. Em algum momento, algum instante, você se encaixa nela. Ou sempre.

Hoje é dia 09. O dia que eu decidi passar o resto da minha vida ao teu lado e compartilhar minhas vitórias com você. Obrigada por me aguentar. Eu amo você.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Frases Incompletas

Poesia não é rima
Não é só palavra
Poesia são frases incompletas
São sentimentos vividos
Não são gestos
São pensamentos soltos
Não são pessoas
Poesia é tudo o que está atrás do teu olhar.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Liberte-se

O dicionário Luft de língua portuguesa diz que amor é afeição profunda, zelo, cuidado, pessoa amada. O Vox de língua espanhola diz que amor é um afeto por uma pessoa ou coisa, paixão por alguém sem se importar com seus defeitos. O dicionário Michaelis de inglês disse que amor é alguma aventura. Como vocês podem ver, todos os diferentes dicionários acima tentam explicar o que significa a palavra “amor”, mas, nenhum deles sabe exatamente o que ele, de fato, significa. Da mesma forma, eu também não sei. Ninguém sabe. Amor simplesmente acontece quando a gente menos espera. O mundo pode estar acabando, as pessoas podem estar brigando, tudo pode entrar em guerra, mas em algum lugar desse mundo existe amor. Não falo só sobre o amor de um casal de jovens apaixonados, falo também do amor entre amigos, do amor entre você e a sua família, do amor entre você e seu cachorro, do amor entre você e qualquer objeto, e, claro que não poderia faltar: falo também do amor que sobreviveu há décadas e até hoje existe no coração de idosos que mais parecem adolescentes quando relembram suas paixões. Cheguei a conclusão de que o amor existe em todos os lugares e ao mesmo tempo em lugar algum. Não existe amor se não existe um coração que possa hospedá-lo. Do mesmo jeito que existe amor quando se liberta seu coração para amar, para sentir. O amor só pode mover o mundo, mover as pessoas para a paz, se todos não bloquearem seus corações para senti-lo. Amor é isso: amor é paz, amor é liberdade, amor é amor.

Quando o coração fala mais alto, não há quem discuta

Toda vez que eu fico distante de ti, distante dos teus olhos que eu tanto venero, sinto meu coração bater bem devagar, quase parando. Não sei explicar o que acontece exatamente comigo, é muito forte. Mas, tu sabes, a saudade aperta às vezes. No nosso caso, é sempre. Pelo menos no meu. Viemos de um passado bastante dificultoso, histórias, traições, brigas, discussões, acertos e desacertos. Mas nunca faltou amor. Nunca deixamos morrer em nós. Ficamos três meses sem nos falar, agíamos como se não se importássemos um com outro. Machucamo-nos e muito. Nossos corações estavam lutando para que nada acabasse. Eles seguravam a mão um do outro, e quando um estava prestes a cair e congelar, o outro o segurava, sempre. Mas nós... Bem, enquanto nossos corações estavam lutando para não deixar o amor que ainda havia entre nós morrer, nós estávamos nos relacionando com outras pessoas. Enquanto tu estavas a caminho, eu estava com outro. E quando tu chegaste, tu estavas com outro. E assim foram nossos desgraçados dias. Até que nos encontramos. Nossos corações ficaram apreensivos com a presença do outro. Eu não sabia o que falar, nem o que pensar. Um filme passou na minha cabeça. Toda a nossa história contada em dois minutos de pensamentos soltos. Eu precisava te abraçar, precisava te tocar. Eu realmente precisava de você ao meu lado. Mas não soube te dizer isso. A noite que nos encontramos estava estrelada demais. Eu estava perdida em estrelas. Você não tem ideia da forma como eu me senti ao saber as verdades ocultas quando tu vieste para cá. Queria poder entender o que te fez agir dessa forma. Tudo bem, você estava livre, mas mesmo assim. Eu também agi assim, mas eu tinha certeza de que não importa com quantas pessoas eu estivesse, você nunca seria esquecido por mim. Qualquer música bonita, traduções, melodias, histórias, telefonemas, livros, tudo me lembra e me leva a você. Depois daquele dia, te vi cada vez mais distante de mim. Vi-te mais longe do meu olhar e do meu coração. O teu coração já não segurava mais a mão do meu tão firme assim. Eu te via indo da minha vida aos poucos. Não te enxergava mais com aquele olhar brilhante sobre mim. Eu, de fato, disse para tu me esqueceres porque eu estava disposta a isso, mesmo sabendo que não iria conseguir. Tu largaste a minha mão e te foste para longe do meu olhar. Eu andava abalada pelas ruas escuras e frias da madrugada de Santiago. Já não me importava mais com o que fosse acontecer depois. Não me importava se estava passando frio ou se eu poderia pegar uma pneumonia. Tu não estavas ali. Tu não estavas do meu lado e eu tive a certeza de que jamais ouviria falar sobre o teu nome, jamais ouviria a tua voz e jamais te veria na minha frente, porque eu quis assim. Eu escolhi ver meu coração se despedaçar ao ver ele se quebrando sozinho. Escolhi mandar tu me esquecer ao te ver vir na minha frente e dizer que não me ama mais. Foi uma escolha precipitada, eu sei. Mas eu achava que seria melhor assim. Até que eu te vi na minha frente. Mais uma vez. Pensava eu ser a última, eu não sei. Não nos falamos, nem se quer nos damos “oi”. Tu estavas muito lindo me olhando escondido, tenho que confessar. Não sei se for pura coincidência, mas tu fostes dormir na minha casa aquela noite, no meu quarto e na minha cama. Nossos olhares, mesmo que no escuro, se colidiram. Senti teu coração não mais simplesmente segurar o meu, mas sim, abraçá-lo com tanta força que passaram a bater juntos, como se fossem uma só pessoa. Teu rosto colou no meu, tuas mãos me abraçaram, tuas pernas se juntaram a minha. Teus lábios chamavam pelo meu nome. Teu olhar, sempre centrado no meu. Nossos corpos se uniram novamente. Eu sentia você mais meu. Sentia que tudo seria diferente dali pra frente. Que teu coração, junto ao meu, iriam se juntar e lutar contra todas as forças e pessoas que tentam qualquer coisa, absolutamente qualquer coisa que possa acabar com o nosso amor. Agora eu te via vindo ao meu encontro e não mais indo. Seu olhar voltou ao brilho que era antes quando me enxergava. Seu corpo encaixava perfeitamente ao meu. Teu coração segurava firmemente o meu.
Eu era seu e você era meu.
Eu para sempre serei seu, e você para sempre será meu.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O ritmo do amor

Toco um lá menor. Logo, vejo seu olhar procurando fugir do meu. Depois, toco um lá menor nove. Da um som mais puro sem uma das cordas. Em seguida, faço a posição sol. É uma virada e tanto na música. Já não te vejo mais olhando para mim tentando me evitar. Faço um fá, o que faz da música mais bela do que já é. Teu olhar está centrado no meu. E depois, volto para o sol. É como um vai e vem. A gente começa lá embaixo, subimos conforme o tempo e, como todos os romances, temos a nossa "depressão" e caímos, mas depois a gente sobe novamente. É uma metáfora que eu costumo usar quando não tenho a razão. De certa forma, foi assim que aconteceu conosco. Começamos a nos paquerar, conscientes de que nosso romance seria feito de palavras. Até que começamos a namorar. Tivemos a nossa depressão, caímos mas levantamos, e hoje estamos mais firmes do que nunca. Eu te seguro e você me segura, e é assim que a gente estabelece certo equilíbrio. Portanto, meu amor, eu gostaria de te agradecer por me segurar. Sou eternamente grata a ti por nunca largar a minha mão, e sempre que eu estiver caindo, tu voltas a me segurar. Eu te amo.

Tempos de escola

Não tenho do que reclamar a respeito do meu Ensino Fundamental. Apesar da troca de escolas espontaneamente, eu conheci muita gente legal. No Fulano, escola por onde estudei até a 4ª série, vejo pessoas que foram meus colegas no pré e que hoje ainda se lembram de mim. Lembro-me perfeitamente da primeira vez que eu colei em uma prova de geografia. Minha colega estava ao meu lado, porém, na outra fila, e havia um pote de lanches dela embaixo da classe. Eu, bem discretamente, a pedi um bolo. Todo mundo ouviu, até a professora. Ela, mais discretamente ainda, colocou um papel dentro do pote de lanche e me deu. Eu, mais discretamente possível, abri o pote de lanche, peguei o papel, fechei o pote de lanche, pedi a resposta da questão que eu estava com dúvida e a devolvi. Em seguida, ela me devolve novamente o pote de lanche. Eu já estava aflita, pois a professora não parava de nos cuidar. Abri o pote de lanche, a espera da única resposta que eu precisava para gabaritar a prova, mas, me deparo com um “não sei nada” no bilhete. A minha vontade foi de pegar o pote de lanche e atirar na cabeça da minha colega. Mas, tudo bem. Hoje a vejo na rua, dou “oi”, ela me devolve o “oi”, a gente conversa até. Mas tenho certeza que ela não se lembra dessa história. Passou um ano e eu fui estudar no Cliclano. Eu ainda era inocente e criança o bastante para, logo de chegada, excluir alguma aluna. Mas, isso não foi nada ainda. O Ciclano foi a legítima escola em que eu conheci as pessoas mais legais da minha vida. Aprendi a colar direito, sem precisar de nenhum pote de lanche. Aprendi também a estudar. No Fulano eu não tinha esse hábito, mas o Cliclano me incentivou muito, principalmente na leitura. Eu nunca gostei de ler, mas hoje eu tenho paixão. Tenho muitas histórias significativas do Cliclano, porque como nós éramos um grupinho bem anormal, aprontamos muitas. Sempre que eu me lembro de minha colega e eu matando aula na própria escola, pra lá e pra cá, banheiro, pracinha, até numa moita que tem lá na frente da escola – eu dou muita risada. São histórias e momentos que vou levar para a vida inteira. Ah... Eu que tanto quero trabalhar, me formar, mas ao mesmo tempo quero ficar criança pelo resto da minha vida.

Além das estrelas

Hoje passo a observar estrelas
Hoje não, sempre as vi
Mas nunca prestei atenção
Percebo que elas brilham para mim
Sinto necessidade de escrevê-las para ti
Mas o céu, de tão imenso que és, não tem tradução
Queria poder dar-las a ti
Mas o céu, de tão imenso que és, não cabe em meu bolso
Procuro alguma estrela menor
Mas de tanto procurar, nada eu encontro
Então, foi só olhar para o lado e perceber
Que a única estrela que brilha mais que as próprias estrelas é você
Então venho aqui, declarar-me a ti
E dizer-te que meu amor
Ultrapassa toda a dor de viver sem ao seu lado estar
E que, mesmo que demore muito, eu sempre vou te esperar
Porque meu amor, além das estrelas você vai encontrar.

Um pouco de poesia. Ou não

Por si só


Refugio-me nas palavras
Tentando explicar alguma emoção
Não encontro nada
Tudo o que eu escrevo é em vão
Vejo-me coberta de erros
Dizem que o passado não importa mais
Mas fico presa em meus desapegos
Toda uma vida que foi deixada para trás
Saio em busca de um abraço
Um ombro amigo qualquer
Tudo o que eu vejo são estranhos
Pessoas que perderam a fé
Pois assim, vejo-me sozinha
Não preciso de ninguém ao meu lado
Refugio-me em meus pensamentos
Por si só, me vejo sem amparo
Queria entender
Porque a vida é assim
A saudade quando me pega
Não tem quem a tire de mim
Prefiro ficar sozinha
Por si só, com a solidão
A tua voz em entrelinhas
Que eu tatuei em meu coração.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Rosa Negra

Certo dia, ela dissera a ele que jamais gostaria de mudar por medo que ele a deixe. Foi assim, espontâneo que ela disse isso. Ele pegou sua mão e disse que mesmo que ela mude, ele jamais vai esquecer o que ela um dia foi para ele. Ela o abraçou fortemente e disse que não poderia mais ficar. Beijou-o no rosto e disse que o amava. Desde então, ele está só, mas sempre à espera de sua amada. Entra todos os dias na internet para ver se a encontra, mas ela não esta. Olha para seu celular para ver se tem alguma ligação ou mensagem, mas não há nada. Procura por ela nos lugares que ela costumava freqüentar, mas não a encontra. Liga, manda cartas e deixa recados no Orkut. Ela não responde. Até que certo dia, toca a campainha de sua casa. Ele, jornalista, parou de escrever no seu computador e foi atender a porta. Era ela, que estava muito diferente. Ela usava uma toca listrada para disfarçar, mas dava muito bem para perceber que tinha poucos cabelos. Estava pálida e talvez um pouco magra demais para o seu tamanho. Ele a convidou para entrar e ela aceitou. Os dois ficaram em silêncio por dez minutos. Um silêncio confortável, talvez. Então, ele tomou a iniciativa de quebrar o gelo que havia entre os dois, e perguntou o que havia acontecido com ela. Ela demorou para falar, parecia que quanto mais ele a olhava mais ela se sentia perturbada. Ela disse a ele que não poderia demorar pois não tinha muito tempo, e levantou-se do sofá. Entregou a ele uma rosa negra de plástico (as de plástico durariam para a vida inteira) e lhe disse que o amaria além das estrelas, e saiu correndo para fora. Ele se levantou, pegou a rosa negra, e respondeu "eu também". Passaram-se dois meses e ele nunca mais a viu, desde o acontecido. Até que foi convocado para fazer uma reportagem sobre as vítimas do câncer, e, teria que visitar uma clínica especializada que abriga crianças, adolescentes e jovens de até vinte e cinco anos. Chegando lá, ele visita todos os quartos menos o 9108 e faz entrevistas com algumas enfermeiras. O representante da clínica lhe disse que o quarto 9108 estava em limpeza pelas funcionárias, pois a paciente que estava hospedada lá quis fazer um último pedido, antes de morrer. O pedido de derrubar pétalas de rosas negras por todo o quarto, que foi atendido. De repente, o jornalista começou a passar mal e desmaiou. Acordou no mesmo quarto em que ela morrera. Sentou na cama. Olhou em roda e não havia ninguém. A clínica estava silenciosa e tudo estava ficando cada vez mais confuso para ele. Tentou dormir novamente. Bateu a cabeça no travesseiro para ver se não estava sonhando. Se beliscou mas nada, não havia nada que pudesse tirar ele dali. Levantou-se e foi até a janela. Não enxergava mais nada.

Enlouquecera.

Live

O negócio é se soltar. Fazer tudo o que quer, rir e chorar. Sair com os amigos passear. Beber, cantar, pular. A questão é saber viver. Saber por quais caminhos percorrer. Saber respeitar e querer aceitar. Entender que perder não é o mesmo que ganhar e que você não pode se prender a um passado singular. Viver é saber acreditar, não perder as esperanças até mesmo nos momentos que mais se quer desabar. Viver é saber lutar. Não esquecer e nem deixar de amar. Viver é arriscar. Colocar a mão no fogo sem saber no que vai dar. Viver é dançar, curtir, gritar. Viver é sentir frio, sentir calor. Por dentro e por fora. É saber alcançar tudo o que precisa sem medo de enfrentar. É ter coragem pra lutar com a consciência que pode perder. Viver é colocar o sorriso mais sincero no rosto. Viver é olhar, entrar, guardar. Viver é isso, é viver.

Sobre ela






Ela era quieta. Sempre procurava encontrar um motivo convincente para se afastar das pessoas que a cercavam. Ela tinha medo do escuro, mas quase sempre, medo da luz e de enxergar o que ninguém quer ver. Ela é do tipo de garota que esconde em um lugar bem sigiloso seus sentimentos e tenta ao máximo não demonstrar. Reservada, sozinha... É o que ela gosta de ser. Parece que não sente necessidade de conversar com alguém, de vez em quando. Refugia-se em seus pensamentos e anda sempre com um livro debaixo dos braços e uma palheta de violão no bolso esquerdo da frente de sua calça jeans. Trident de canela no bolso direito e alguma grana no bolso dos fundos. All star é o básico e uma camiseta pólo preta ou uma regata branca também. Não é vulgar e nem compra roupa pensando se as outras pessoas irão gostar.  Ela compra o tipo de roupa que ela se sente bem em colocar. Apesar de sempre arranjar um defeito em seu corpo e seu rosto, ela se ama. Para muitos, se amar é sinônimo de se exibir, mas ela não pensa assim. É narcisista ao extremo e não tem vergonha de ser assim. Ela gosta de escrever. Parece que quanto mais só ela é, melhor. Ela pensa muito. Em todas as coisas. E é isso o que a faz escrever. Tudo o que pensa, tudo o que não fala a ninguém. Até sobre o silêncio ela gosta de escrever. O silêncio que bate a porta em dois corações, o silêncio que apesar de ser mudo, grita, pede ajuda a todos, mas ninguém o escuta. Só ela. Mesmo quando lhe faltam as palavras, ela escreve. Escreve sobre o vazio, a dor e a insatisfação que sente sobre determinadas situações.  Ela é. Ela simplesmente é.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Me consome, sabias?

Às vezes, quando eu estou postando algo aqui, me perco em meio a tantas palavras e tantas coisas a serem ditas para você. Mas sempre que me vem algo na cabeça, parece que eu não consigo pensar. Algo ocupa lugar demais no meu pensamento e me impossibilita de pensar em outras coisas. E esse "algo" é você, meu amor.
Perfuro seu olhar em busca da verdade - não encontro nada. O seu olhar é o único que eu não consigo interpretar.

If today was your last day

Se hoje fosse seu último dia de vida, você iria pedir desculpas à sua mãe e seu pai por brigar, discutir, espernear e responder mal à eles? Você iria à escola sem reclamar dos professores, funcionários, dos colegas e prestaria atenção nas aulas? Você ouviria um pagode, um sertanejo, ou até uma milonga sem colocar nenhum defeito? Você sairia nas ruas de sua cidade com a roupa mais ridícula possível? Você brincaria de pega-pega ou pique-esconde com seus amigos? Você tomaria seu último porre de cerveja, vinho ou whisky? Você ficaria um dia sem tomar banho e nem escovar os dentes? Você tiraria suas últimas fotos com seus amigos de infância? Você realizaria o sonho de qualquer adolescente: quebrar uma guitarra em pleno show? Você perguntaria aos seus amigos da escola como estão? Você apagaria a luz toda vez que fosse a algum lugar? Você cuidaria mais do meio ambiente? Você ajudaria sua mãe nos serviços domésticos? Você sairia de bicicleta em vez de sair de carro? Você choraria ou iria rir? Você iria ficar parada, esperando morrer, ou iria fazer algo para aproveitar o seu último dia de vida? Você pediria desculpas aos seus professores pela bagunça que andou fazendo na escola? Você diria ao amor da sua vida o quanto o ama e o quanto queria tê-lo por perto? Diria?

O que você faria se esse fosse seu último dia de vida?

O silêncio que nos cala

Às vezes é preciso ficar em silêncio. Não falar nada, não fazer nada e nem agir. Por mais que seja a coisa certa a fazer, dói. Dói porque eu me restrinjo de dizer que te amo, que te quero e que tudo o que eu estou fazendo é para o nosso bem. Parece que a gente fica presa dentro do nosso próprio amor. Não nos mexemos, não nos tocamos, ficamos simplesmente ali, por ficar - da mesma forma que ficamos estranhos. O silêncio é tanto perturbador. Não dá sono, não dá vontade de falar. A gente fica pensando. Pensando o que o outro está pensando ou simplesmente pensando por pensar. Alguns nos julgam loucos mas eles, de fato, não entendem o que se passa em dois corações diferentes, de mundos e emoções contrárias. Não importa quanto tempo demore para ficarmos normais. Não importa quanto tempo já passou. O meu amor vai ser o mesmo, eu vou ser a mesma e amanhã estarei preparada para mais um minuto de silêncio.