sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

I'm a butterfly

Todo mundo anda assim: confusion. Não falo daquela confusão de não saber o que fazer. Falo daquela confusão por estar aflita do que está para acontecer, das coisas que estão por vir, do futuro. É um medo qualquer, todo mundo o sente da mesma forma que eu estou sentindo agora.

É uma sede enorme pelo futuro, pela independência, pela minha casa, pela minha liberdade. É fome de fazer o que eu quiser, a hora que eu quiser, de não dar satisfação à ninguém, de não deixar ninguém preocupado..., enfim. Não que eu quisesse me livrar de todas as pessoas que estão rodeadas à mim, mas eu anseio por essa vida que eu planejo desde os meus 9 anos de idade.

Pode parecer aqueles sonhos que todo o adolescente em estado revoltante com a família e sendo influênciados pelos amigos, colegas e até mesmo ídolos, mas quem não quer ter liberdade? Quem não quer se desprender um pouco, largar a vida rotineira e partir pra uma aventura a dois, ou até mesmo a sós? É tão normal esse desejo.

E não, eu não sou uma adolescente revoltada. Fui criada muito bem e agradeço isso aos meus pais. Não tenho nenhuma queixa à fazer deles, pelo contrário, são ótimos pais e se eu fosse escolher em pais melhores, seriam eles. Peço perdão à eles por não ter sido a filha perfeita e sei que eles vão me perdoar. Peço perdão também, por não querer continuar a minha vida aqui, e ah, vou ser bem sincera, a minha vida é sozinha, longe de todas as pessoas que me olham como se eu fosse um animal insignificante. Fodam-se! Fodam-se todos eles.

Eu só quero a minha liberdade. Just it.
Eu só quero voar pra longe de todos vocês.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Phoenixes don't die.

E no final, tudo acaba bem. Independente se foi ou não o que tu querias fazer, a tua perda seria sinônimo de crescimento mais adiante, acredite: você vai precisar desses obstáculos, dessas inúmeras caídas futuramente.

Eu caí do cavalo. Machuquei o meu peito e por consequência, o meu coração. Que é teu. Que também foi machucado. Essa dor que tu sentes, esse sofrimento que às vezes nos dá a impressão de não querer sair de dentro de nós. Que nos machuca até doer, doer e doer. Nos torturando, machucando, cortando, quebrando, matando. Die.

A gente tenta se livrar dele. A gente tenta se ocupar com outras coisas, pessoas e até mesmo animais. Mesmo sabendo que a única pessoa que realmente pode nos livrar disso, acabamos de, supostamente, perder. E vem um vazio. Um vazio pelo mal da perda. Pelo silêncio que a tua boca insiste em calar. Um silêncio que grita. Grita por ajuda. Help me, please.

Até que chega a hora que ficamos quase sem ar. Com a respiração tão ofegante quanto àquelas que a gente vê em cenas de sexo. Tentamos puxar o ar que trancou-se em nossos pulmões, quem nos visse, pensaria que estariamos tendo ataques de asma. Mas não... É só o vazio, a perda.

O peito começa a palpitar. Sentimos uma dor forte, muito forte. Nos sentamos pra ver se talvez essa dor passe, mas não, apenas piora. A falta de respiração aumenta a cada segundo que eu tento ao menos lutar contra a minha morte. I do not want to die now. I do not want to die now. É o só o que eu sei dizer.

Sinto meu coração diminuindo seus batimentos. I do not want to die now- penso, mais uma vez. E é aí, quando meu coração está quase parando, quando meu organismo já estava se preparando, quando meus orgãos estavam quase se desligando eternamente, é aí, nesse exato momento que tu chegas e nem se quer bate na porta. Tu a abre e me segura em teus braços.

Do not go. Stay. Do not go. Era só o que eu ouvia. Já sentia minhas pernas, mãos, braços e pés dormentes. Eu estava com os olhos confusos, marejados de lágrimas que estavam prontas para sair.

Don't you dare to die now in my arms. Foi a última coisa que eu ouvi.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Faça meu coração parar de chorar

Não é um apelo, não uma convocação, não é carência. Eu apenas prefiro vir aqui e escrever tudo o que eu sinto por ti, meu amor. Mesmo que não acredite, ou talvez esteja em fase de querer me esquecer. Eu respeito muito bem a sua opinião e agradeço por ter sido sincero em me falar. Mas não dá. Assim não dá. Eu não quero te tirar da minha vida. Eu não quero guardar esse meu amor para uma melhor hora de lhe entregá-lo. Eu não quero desistir. Eu te prometi, lembra? "Nunca vou parar de remar". Sim, eu estou cumprindo. Estou sim. Eu estou aqui, ouvindo uma canção que tanto me lembra de você. Não! Espere aí! Não feche esta janela, por favor. Não pare de ler. Me diga, então, o que NÃO me lembra você? Não adianta. É tudo, tudo, tudo! E você é tudo, tudo, tudo o que eu preciso. E tudo o que eu preciso é tudo o que eu tenho. E eu tenho você. Sim, eu tenho. Eu sei que tenho. E sei também que tu sente a minha falta. Sim, sente. Você sente a falta de eu estar do seu lado, de eu te beijar, de abraçar. Eu sei que sente! Sente falta daquela pessoinha te incomodando com as bobagens que fala no MSN. Sim, você sente falta. Então, por favor, eu repito: isso não é um apelo, não é uma imploração, não é uma convocação. Tudo o que eu preciso é de você. Apenas você. Me perdoa?

Quando tu me esqueceres, me ensina a te esquecer?

Ah, se todas as minhas falhas fossem perdoadas... Se todos teus perdões fossem sinceros! Talvez o que eu escrevo agora fosse útil para alguma coisa. Você lê? O que você pensa? Garanto que deve pensar que eu sou só mais uma idiota falando de amor. Sabe do que eu estava me lembrando? Do vídeo que eu ia fazer com meu filho, o Patinho! Como eu era feliz... Até demais. Mas do que isso importa agora? De que adianta ficar relembrando todos os momentos mais felizes da minha vida, se isso não vai te trazer de volta pra mim? Eu não sei mais o que eu quero enxerger. Se quero ver a realidade ou se prefiro ser a mesma tola otimista de sempre: tudo vai dar certo, acalma Fernanda, isso vai passar, logo vocês vão estar juntos de novo... Ah, meu amor... Tá tudo tão esquisito agora. Tudo tão estranho. Eu tento disfarçar a dor que me tranca a respiração, mas não adianta, eu não consigo... Parece que eu só consigo viver direito quando eu sei que você é meu e eu sou sua. Sabe, amor, eu me desacostumei a viver sem ti. Me apeguei tanto a esse sentimento, a ti... Aprendi tanto com ele, contigo. Ah amor... Você não vai me entender... Nem precisa entender, coração. Eu só tô aqui pra dizer que eu te amo, já que não pude lhe dizer isso hoje, talvez eu nem possa amanhã ou depois... É, meu bebê lindo, eu vou demorar pra acreditar que eu não posso mais dizer 'nós'. Vai demorar pra cair a ficha... Vai demorar pra eu te esquecer.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O vazio que me acomoda

O que me faz me afastar das palavras? O que desloca toda a minha inspiração repentina para outra coisa que não seja escrever? Estou perdendo todas as entrelinhas que eu sempre, ou quase sempre, deixo pra depois para depositar todas as palavras que eu não digo para ninguém. Eu estou num vazio tão bem acomodada. Numa estrada que não tem fim, onde o calor do sol sob meu rosto, e o vento tentando tirar o bafo quente da minha pele já encalourada, tentam me sufocar. Eu, tentando conter as minhas lágrimas e disfarçar toda a minha dor, fecho-me para o mundo. Tudo isso porque ninguém vê. Ninguém vê como eu me sinto quando as palavras que eu tanto anseio NÃO ouvir, ecoam pelos meus ouvidos, entrando para dentro de mim e transbordando a angústia em meu coração.
Forgive me, please.