terça-feira, 12 de outubro de 2010

X ou Y?

Acordei rouca. Não porque passei o dia tagarelando. Aliás, eu nem falo muito durante o dia. Mas sim porque meu interior grita, clama, implora. Nunca pensei que algum dia estes desvastadores sentimentos pudessem me atormentar tanto. Talvez seja autoconfiança demais, ou apenas mais uma paranoia minha. Foi-se a minha essência e tudo aquilo que chamam de pureza e inocência. Foram-se todas aquelas coisas ruins que estavam dentro de mim. Tudo foi apagado e queimado no fogo inferno. E que inferno seria esse? - pergunto. Este mesmo. Este universo criado pelo homem. Universo, propriamente dito, condensador de inutilidades e valores completamente insanos. Ora essa, chamar amor de obcessão! Quem diabos sabe o que é amor? Nem eu mesma, que digo amar, ouso-me a julgar o que seria essa palavra! Incógnita.

Já não fazem mais poesias singelas. Já não amam mais como antigamente.
Já não criam mais canções bonitas. Já não se tem mais melhores amigos.
Hoje em dia, dá pra se desconfiar de tudo, incluindo a própria sombra. Seja esta, a sua, ou a de outra pessoa relativamente parecido com você. Não confie mais em ninguém. Não acredite mais em ninguém. Só você sabe o que está dentro de você.

Só escute o que eu tô falando: experiência própria.