quarta-feira, 23 de março de 2011

Sobre nós

E de repente, te reencontro. Numa esquina qualquer, num bar picareta, na beira do mar. Te reencontrei. E lembro-me perfeitamente, como nessas cenas que se passam pela nossa cabeça, - cenas qualquer de um filme qualquer - lembro-me perfeitamente de quando te encontrei. Sem o "re" precedendo essa incrível palavra. E não é só essa palavra incrível. Incrível foi mirar meus olhos nos teus olhos e entrelaçar uma corda que me liga até você. E, mais do que isso, foi continuar ligada a ti mesmo a tanta turbulência nessa minha vida, correndo o risco de ser enforcada por essa mesma corda que nos liga. Não fui. Nem serei. Acho que quando eu morrer não vai ser de doenças ou acidentes ou até mesmo da própria morte, mas sim de amor. Puto coração esse meu. Definitivamente, puto. E carrego inúmeras peças que juntadas as minhas se tornam parte essencial desse meu filme. Meu quebra-cabeça. E não pensar em você, quase impossível. Digo-te: adoro esse teu olhar. Esse mesmo. O mesmo olhar que eu me apaixonei pela primeira vez, mais uma vez, me ganhou na segunda. E sim, é possível se apaixonar pela mesma pessoa mais de uma vez.

Enquanto quebro a minha cabeça tentando entender a vida, vou ali esquentar a água e tomar um mate bem quente. Alguém me acompanha? - Eu te acompanho.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Twitter

Resolvi fazer um twitter para divulgar ainda mais o Poeta de Privada e algumas de minhas petulâncias. O endereço é http://twitter.com/poetadeprivada e lá você encontrará algumas frases redundantes de meus textos aqui engavetados e, mais ainda, outras frases que em horas de "ataque cornisse" irei escrevê-las e divulgá-las apenas no Twitter. Me sigam, que seguirei todo mundo.

terça-feira, 1 de março de 2011

Faça valer

Corra o risco. Você pode o sentir agora, não é? Sinta a adrenalina. Sinta seus cabelos voarem, suas pernas ficarem trêmulas, seus olhos embaçarem, o vento perfurar o seu pulmão e te encher de ar e de coragem. Queira correr, queira amar mais, queira respeitar mais. Crie asas. Não assista as cortinas se fecharem na platéia. Mostre-se. Permita-se. Inove-se. É tão bom olhar pro céu e abrir os braços para deixar a vida entrar, o coração descongelar as mágoas, as dores, os desamores; suavizar o som das vozes, o toque das mãos, o abraço apertado; descongestionar as veias que transportam o sangue da vida, que transparece histórias e lembranças que ninguém desconfia que tenha ao menos sentido. É na pele que um arrepio faz o som da carne ecoar. É na voz que o coração expressa a fervura que é amar. É nas mãos que a impulsividade promove o toque frio. Faz toda diferença, por mais que não percebas. Faz toda diferença, por mais que não sintas. São nos olhos que a alma acumula todas as cicatrizes. Dizem que o tempo existe, dizem que ele cura tudo. Pra mim não. O tempo é a paranoia mais inconveniente que criaram, pois se ele não existisse, todos viveriam como Horácio e outros filósofos desejavam. Carpe diem, não é? Viver mais. Viver além.

Faça a sua vida valer. Faça valer a sua vida.