sábado, 9 de agosto de 2014

Caais (aos)

Não. É medo. Alguma coisa - alguma coisa muito grande - grita aqui dentro e escurece qualquer brecha de luz que desfoca no meu olhar. Minha visão se desloca lentamente para todos os lados e sem que eu me mova, consigo sentir a terra girando em volta de mim. Não existe céu. Do mínimo que consigo ver, pequenos feixes de luz teletransportam vultos das tuas cenas, e teu cheiro impregnara no meu nariz sem que eu ao menos chegasse perto de ti. Queres saber o que vejo?  Vejo que a superfície do teu rio está muito mais à vista agora, que a subi. E que diante de todos os empecilhos, me sinto cada vez mais afetada por essa corrente que me leva, sem que percebas, até o caais. Eu estou com medo. Preciso fugir.

domingo, 3 de agosto de 2014

À beira do meu lar

Deixo que as palavras sacudam a minha mente,
porque eu sinto e tu também sente
que a cada palavra é um pulo
que dou na tua rua e
te espero na esquina
que é pra gente observar a lua.

Se a chuva que te molha
é a chuva que te inspira
esse céu é tão imenso
que eu me deito na tua vida.

E hoje paro pra te observar.
Esculpindo estrela na beira do mar,
a beira de qualquer lugar,
a beira do meu lar.

sábado, 2 de agosto de 2014

Eu não saberia o que dizer. Fiquei estagnada, observando as minhas palavras saírem pela culatra. E foi assim. Como um coração enrijecido conseguiria transformar suas emoções confusas em algo bom? O entendimento é a parte mais difícil de amar. Por que é tão difícil compreender o lado do outro? Me restam dúvidas. E volto a reescrever minhas inconstâncias. Minhas conversas não tem fim. Meu coração dorme. E lá vem outro dia.