Eu sempre vivo a procura de respostas para as minhas dúvidas, mas nunca encontro nada. Tenho uma ânsia de viver sempre mais, porém, tenho medo do amanhã, do que está por vir. Não falo sobre a morte, não tenho medo de morrer amanhã. O que eu mais tenho medo é de morrer sem viver a minha liberdade, sem dizer as palavras que me faltavam dizer-te e sem deixar escrito tudo o que eu sinto quando a minha vida não está um tanto favorável. Entretanto, meu tempo é gasto assim: pensando no futuro sem tomar uma atitude de mudar o presente. Reviro meus pensamentos, cavoco lembranças no meu cérebro ou alguma coisa que me fizesse deixar de ser quem eu sou - não encontro nada. Tudo o que eu vejo são sombras que só querem me derrubar. Sombras da minha própria inconsciência ou as chamadas 'bestas do cérebro'. A cada decisão, me sinto inutilmente impossibilitada de resolvê-las. Percebo que não sou o que eu queria ser para ti e isso é o que mais me machuca por dentro. Deparo-me com você questionando meus atos e as minhas atitudes falháveis, e quanto mais tu me questiona, mais confusa fico eu. E me pergunto se sou o que eu queria ser? Se todas as coisas que eu precisava lhe dizer - e que estavam estagnadas em minha garganta - já foram ditas? Não há respostas. Me reviro na cama para tentar encontrar alguma solução para os meus problemas, mas tudo a minha volta está escuro e embaçado o bastante para eu conseguir enxergar algo. Peço-te para desligar os aparelhos que prolongam a minha vida, e, finalmente me deixe seguir meu caminho, longe dessa vida que eu tanto questiono.
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