domingo, 18 de abril de 2010

Pronto, eu desisti

Aos poucos eu vou desistindo de tudo. Dos meus estudos, da minha escola, dos meus amigos colegas de classe. Das histórias que eu poderia ter para contar, mas não vou, porque até delas irei desistir. Das minhas dores, das minhas lágrimas. Do meu passado, do meu presente e principalmente do meu futuro, um futuro que provavelmente não irei ter. Dos meus sonhos que não terei a capacidade de realizar, das minhas conquistas que só eu consegui enxergar até hoje, porque nada nunca foi o bastante pra ninguém, nem pra ti. Das palavras, das canções, do violão, da música, das traduções, das letras, de cada sílaba. Dos objetos, do computador, dos meus meios de comunicação, das coisas materiais. Dos meus amigos: primeiro os menos íntimos e depois os mais chegados. Dos meus primos, avós, tios e tias. Das junções, festas, união em família. Da minha irmã, meu irmão e dos meus pais. Dos livros que eu andava debaixo do braço, das cartas que eu escrevia e que nunca chegaram até você. Das publicações no Jornal, dos meus professores e funcionários prestativos da minha escola. Da sociedade em si, dos beijos na boca e abraços. De Fresno e Avril Lavigne, Beeshop e Abril. Das minhas festas de aniversário, do verão, inverno, primavera e outono. Das minhas atitudes, acertos e erros, mais erros, claro. Da minha vontade louca de arriscar, de me dar um tiro no escuro. Das minhas mudanças. Dos meus ideais, das coisas que eu prezo. Da minha saúde, do meu consciente e mais inconsciente. Aos poucos eu vou desistindo de tudo. De mim. Vou levar um tempo pra esquecer das minhas memórias, esquecer de quem eu sou. Vai demorar pra acreditar no que eu quero. Talvez não demore tanto assim. Quem disse que eu preciso desistir de tudo isso, um por cada vez? Prefiro terminar com tudo de uma vez por todas. E assim será. Adeus, doces palavras!

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