terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sobre as surpresas

A gente costuma correr atrás do que não nos pertence. Soamos demais e o nosso suor é a prova mais pura dessa corrida por emoções ainda não vividas. Caminhamos em outros mundos, buscamos outros rostos, outros gostos, outros amores... E talvez realmente seja isso: de tanto procurar, nada encontramos. Conversámos apenas algumas vezes e não era olho a olho, muito pelo contrário, tínhamos uma parede imensa na nossa frente que despercebidamente, eu olhava através dela e tentava não encontrar um motivo para não caminhar em sua direção. Não achava nada. Quando a gente não quer, a gente não acha. Pelo menos sempre foi assim comigo. E eu realmente não achei. Estava ciente disso. Estava ciente que não seria um caminho fácil, mas também nem tão difícil. Estava ciente que eu correria o risco de me machucar e de falar até demais nas poucas entrelinhas que aqui escrevo. Eu realmente tinha noção de como as coisas estavam acontecendo para mim. Mas segui. Com inúmeras vírgulas e poucos pontos finais. Eu segui. E de longe eu percebo os meus erros e tudo o que eu preciso mudar. É mais ou menos nisso que as pessoas tem que acreditar: nas voltas das coisas e nas surpresas que a vida nos dá de mão beijada, pois se formos parar para pensar, não há nada mais cativante nos caminhos que temos a seguir se não as surpresas que eles nos trazem.


Um comentário:

  1. Olá, Fernanda! As surpresas ora são agradáveis, ora desagradáveis. Mas verdade é que se não fosse por elas tudo seria muito chato mesmo. Você está com a razão. Abraço!

    “Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)

    http://jefhcardoso.blogspot.com indo de blog em blog.

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