terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tão sério e selvagem, selvagem

Teus lábios, tão lindos. Me tocavam suavemente, molhavam também os meus lábios, tão doces. Faz tempo. Faz tempo que não toco na tua pele, que não seguro a tua mão, que não te olho. Ah, esse olhar, tão lindo. Me devora em pensamento. Me arranca a carne mais pura do meu corpo: meu coração. Me levou. O levou. E aqui estou eu. Me escondendo pelos cantos junto com a poeira que sobrou do teu palavreado. Alguns dizem que quando alguma coisa permanece intacta por algum tempo aqui dentro, o vento o leva. Por que comigo é diferente? As coisas, a forma como elas funcionam, os fatos, as respostas. Eu nunca as tenho. Eu sempre as perco. E nesse turbilhão de percas na minha vida, eis que surgiu você. Me apareceu como um sonho bom. E é. Até hoje. Meu melhor sonho. Perdi. O vento levou. Foi o que me disseram. Foi o que eu preferi acreditar.

"E hoje a noite não tem luar, eu estou sem ela".

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