sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Verbo

Sou louca por ti. E demorei meses para perceber a grandiosidade dessa loucura - a princípio pouco explícita -, e a tamanha e clara verbalização do meu querer. Tu me faz perder o fôlego. Tu me faz perder a noção das coisas. Contigo eu esqueço do tempo que passa tão rápido. Eu bebo dos teus olhos. E me sacio com tão pouco. Eu sinto teus braços me abraçando e aquecendo o meu peito já cansado. Eu vejo em câmera lenta o arrepio dos meus pelos provocados por um simples toque vindo das tuas mãos. Eu preciso de ti. Assim, de mansinho, avassalando com a minha vida, transformando os meus dias em sorrisos abobados, em canções que me façam nadar mar aberto. E tu me provoca, com tudo isso, com quase nada, tu me provoca. E a tua pele me gela o peito, me dá calafrios, me dá um medo. Não de ti. Do meu querer, do meu amar, de mim mesma. Por não saber o que fazer para evitar meu sorriso em disparado, onde colocar as mãos trêmulas e ansiosas, se te abraço, se te beijo, se te pego no colo e saio correndo. Por saber que o meu querer pode ser perigoso para mim, para ti. Não por nos fazer mal, mas por nos fazer o bem demais. E iriamos ficar loucas, eufóricas, desnorteadas, felizes. Então chego mais perto do meu peito nesse momento desesperador do meu querer e o escuto dizer que é você, só você, apenas você, somente você... é você! Aí tu já viu... Enlouqueço ainda mais, por querer-te. Não do verbo querer, mas do verbo amar. E não é no singular, mas sim no plural. Transitivo direto, bem aqui.
E aí.

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