sexta-feira, 20 de abril de 2012

O ar

Quando a gente enxerga aquele olhar confidente que nos acalma corpo adentro e satisfaz quaisquer sejam os nossos desejos, devemos agarrá-lo com força e nunca mais soltar. Porque a vida passa por um triz e o que nos sufoca é a plena consciência de que algumas coisas, se deixarmos, se vão, correndo o risco de jamais voltarem ao encontro do nosso abraço. Eternos sejam aqueles que diluem das suas lágrimas para fortalecerem o azul dos céus. Bonitos os que dão como ombro amigo não só o ombro, como o braço e o abraço, o beijo e sonhos a desejar, uma guerra para ganhar. O muro que cobre e escurece uma cidade inteira não compreende que o sol é muito maior que qualquer outra coisa e se estende por completo o seu relento a encantar. Sejamos tão mais simples, com pureza nas veias que bombardeiam os nossos corações. As artérias que não interrompam vidas, sequer destruam laços e afeições. Que uma morte não seja a causa inadíavel de uma união familiar, nem as portas para um novo caminho; que seja a estrada da libertação espiritual, promovendo a paz em todos os nossos corações. Que sejamos como o ar: leve e transparente, ao seu favor.

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