A gente se desfragmenta todos os dias. Tem pedaços de mim - de todos nós - em diversas partes da cidade. As pessoas não percebem, mas estamos constantemente nos desviando da vida, a deixando mofar com histórias empoeiradas passadas. E perdemos a chance, talvez a última delas, de juntar todos os fragmentos deixados para trás e reconstruí-los com nossas próprias mãos. A estrada que a gente tanto zelou fez com que a luz do sol pudesse nos cegar. Há tempos não saíamos do lugar, não enxergávamos o dia como ele realmente é sem as pretensões e expectativas desgastantes. E no lugar de onde saímos não tinha música que pudesse nos abalar, não tinha som que escutássemos que não soasse sincero e desafiador. A vida nos surpreende. E a gente se perde em cada uma dessas surpresas.
"Será que há alguém por aí?"
"Será que há alguém por aí?"
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