domingo, 28 de abril de 2013

Das coisas que eu gosto (bêbada)

Eu gostaria de dizer que gosto da tua voz bêbada e meio rouca (já fumou uma carteira inteira), que gosto dos teus dedos amarelados pelo filtro vermelho, que gosto da tua cor e da cor dos teus olhos. Mas queria, acima de tudo, dizer que gosto da tua presença (mesmo que bêbada) na minha vida; que me faz bem me entregar pros teus braços, mesmo que às vezes, nem que seja pra sorrir em vão das nossas babaquices. E queria dizer, também, que tenho medo de gostar de tudo isso, de adorar e te adorar cada vez mais; que eu não sei lidar com coisa pouca: pra mim é tudo ou nada - mas que aprendi (e aprendo) contigo que pra tudo existe limite ou autocontrole, que eu aguento sim, porque devagar é mais bonito, gostoso, sincero. (...)

Eu queria dizer que quando a noite acaba a lua invade o meu dormir. Que de repente me pego sonhando acordada, boba, lembrando dos beijos com gosto de vodka que me deste semana retrasada. Que eu gosto muito da tua loucura danada, desse teu jeito durão, mas doce - tu não me enganas, não! Que eu sei e tu também sabes, talvez seja mesmo assim que eu queira pensar em ti.

Às vezes, quando o passado invade o meu presente, nos meus passos encontro o meu lugar - tem dias que teus passos me acompanham - e vou seguindo sempre em linha reta, em direção ao que nem eu mesma sei, apenas sabendo que devo ir, que não devo parar em qualquer bifurcação. E eu sei, eu vejo, eu sinto; não pelo falo de adorar-te, mas pelo fato de conseguir, finalmente, dar um nome pra tudo isso. Talvez seja por essas e outras que eu venho te escrever. 

Eu queria mesmo que tu soubesses que te adoro - teu jeito de olhar, de falar, de rir. Que tua risada é única e já faz parte da minha risada rir junto a ti.

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