Eu queria dar um nome para isso. Não quero pseudônimos, chega dessa babaquice! Eu quero um título que justifique tamanho "não sei". E não quero falar de amor, de paixão, de romances dramáticos e perturbadores! Eu estou falando de outra coisa e sei que falo na mesma língua com que tu me diriges as palavras. Eu quero escrever uma estória. E não quero que seja dessas estórias comuns que lemos em qualquer livrinho infantil ou de adolescente - quero ter algo para contar. Num momento tão só e tão meu, eu só quero. E eu quero voltar a escrever o que escrevia, tanto quanto eu quero parar de falar "eu quero". E quem vai me trazer de volta pra casa? Meu lugar não é mais meu, meu lar é um tormento e eu só sei diagnosticar indecisões. Eu queria dar um nome para isso. Juro que queria. Juro que tu entenderias se eu soubesse dar um nome para isso. Mas a lua anda tão incerta que não acerta bem no meio da minha testa uma sorte qualquer. E fica assim, fico assim, ficamos assim: sem fim, sem meio, sem um nome sequer, só o legal de saber que não existe amor, que não existe nada, que só existe um "eu quero" no meio de um turbilhão de palavras confusas e desesperadas.
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