domingo, 29 de dezembro de 2013

subst. Infinito

Mergulho nos teus olhos cor-de-mel e por míseros segundos em que teu corpo encosta no meu, me sinto infinita. E se sentir infinito, nos tempos de hoje, é raridade - não se vê. Não sei ao certo o por quê, não contei os dias em que nos vimos, não sou boa com datas, minha memória é falha (bem sabes), mas deixei a coisa fluir "como uma onda no mar". E chegou a um estágio tão promissor que meus olhos ficam estagnados olhando para os teus olhos imobilizados. E consigo enxergar pequenos vultos dos pigmentos de água caindo ao meu lado, das folhas secas das árvores se libertando e deixando o vento simplesmente as levar. E tenho tido dias assim, meu bem: tudo ao meu redor é motivo de beleza. Tudo tem sido bonito. Tudo tem sido infinito.

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