quarta-feira, 10 de junho de 2015

20 minutos

Impossível não te olhar querendo-te. É que a cada suspiro que dou, inspiro o teu cheiro para dentro de mim. Reforço o que não é difícil de perceber: tens minhas mãos, meu gosto, meu tato, meu paladar. Tens minha risadas mais alegres e meus choros mais tristes. Tens meus limites, meus impossíveis, meus sonhos e desafios: me tens.

O que se espera quando uma vida inteira se resume em vinte minutos? A primeira vez que a vi, teus jeitos estranhos de lidar com as inquietações da vida, a primeira vez que senti teu corpo pertencer ao meu - e todas as outras coisas que dificilmente se esquece quando se tem o outro. O que dizer quando um amor que transborda no peito rubrica um papel? O medo de ter que rubricar novamente? O nosso amor, assim, relatado e assinado embaixo por nós? 

Me vem uma coisa tão boa quando penso em ti. Quando me coloco a entrelaçar todas as nossas conquistas e superação diante de tantas coisas imprevisíveis e incoerentes que fizemos... É nosso pulso batendo mais forte, é nosso bater de asas em um céu de sol nascente.

Renascemos. E o emaranhado de coisas ruins deixei pra trás. Não me acrescente e me machuca muito. Nos machuca. 

O que esperar de todos os nossos sonhos e planos? Aventuras e medos? Talvez a essência mais bonita de nós esteja exatamente nisso: no quão belo e forte é o nosso amor para suportar todas as desavenças da (des)vida, e todas as desilusões que os caminhos nebulosos encobertos por fumaça podem nos fazer seguir.

Sou eu em você. Somos nós em um.

- Casa comigo?

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