segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A arte de viver

Lembro-me da noite estrelada, das árvores se mexendo, do vento passando pelo meu rosto e eu agindo como se nada estivesse acontecendo ao meu redor. Eu não olhava para o céu, não sentia o vento frio passar sobre mim e muito menos parava para analisar as árvores. Tudo era assim: tão monótono, tão desligado do meu estado de viva. Eu via as pessoas passarem sobre mim e nem sequer olhava-as nos olhos. Eu ouvia músicas e por mais lindas que sejam, eu não me importava se elas eram ou não bonitas. Eu não valoriza o esforço que os meus pais tinham de me dar as coisas. Eu não sonhava tão alto, e, para ser bem sincera, não sentia tanto prazer em viver. Eu enxergava a vida como um trabalho em que eu era obrigada a viver para poder me sustentar, caso contrário eu morreria. Só agora eu vejo o quão infeliz eu era. O quanto eu desprezei o bem mais precioso da face da terra: a vida! E sabe porque o meu "só agora"? Por que só agora eu sou feliz. E vendo o quão feliz eu sou agora, percebo o quão infeliz eu era antes. Muita coisa pode mudar em questão de segundos. Hoje tu podes sair de casa e conhecer o amor da tua vida. Ou pode ficar em casa e brigar com os teus pais. Tu pode ouvir uma música e se lembrar do teu antigo amor, ou pode simplesmente fazer com que essa música seja a trilha sonora do seu atual amor. A vida é assim. Ela gira em torno da gente, mesmo que não percebemos e não valorizamos a existência dela. Mas não podemos esquecer que ela foi feita para ser vivida, e o tempo é algo que não se pode voltar. Pule, dance, sorria, chore, abrace, e, sobretudo ame.


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