sexta-feira, 2 de abril de 2010

Os amantes estão em apuros

Queria eu entender essa lógica que rege a vida de milhares de pessoas. Queria eu poder acreditar em mim mais uma vez. Acreditar nas minhas palavras, nas tuas ações. Acreditar em tudo o que eu sinto e não sinto, gosto e não gosto, quero e não quero. Queria eu enxergar a minha realidade. Enxergar com outros olhos tudo o que eu estou fazendo. Queria eu ser uma força maior que os humanos pra saber se o que faço é certo ou não. Queria eu ser o melhor pra ti, ser o melhor contigo. Queria eu viver de amor, poder fazer exatamente o que eu fiz no teu sonho: sentar à margem da praia sem temer em te abraçar. Queria eu saber esquecer tudo o que vivemos, enfrentar todas as minhas próprias mentiras a mim mesma. Queria eu esquecer tudo isso mais rápido, como se fosse uma espécie de amnésia-espontânea, que só aconteceria quando algo realmente estivesse me fazendo sofrer. Queria eu não sentir orgulho, tendo em vista a pessoa que eu amo. Queria eu te dar o mundo, mas não posso te dar mais nada. Nem um décimo desse amor que ainda resta. Talvez quando eu realmente ver que sofrer vale a pena quando se ama alguém, eu possa ser sua novamente. Queria eu ser tudo, mas não sou nada.

Qual é o valor do amor?
Qual é o valor da dor?
E se eu subtrair amor pela dor?
E se a resposta for nula?
E se eu transformar essa situação em uma equação, igualando amor e dor a você?
E se eu criar outra situação somando eu mais você, igualando ao amor?
E se eu mudar totalmente essa situação, somando eu mais você menos dor, igual ao amor?
Qual é o teu valor?
Qual é o meu valor?
Talvez eu teria a resposta certa.
Talvez eu não teria nada.



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