Esses versos meus, tão seus, tão a sós
Carrega no auge da montanha um nó
Segura na ponta dos dedos um eu
E na ponta do peito um você
O vento leva sem freio
Carrega os dedos, as mãos e o peito
Atira-os para o mar
O mar leva sem freio, sem medo
O que antes havia paredes
Já não corrompe mais
E poderia ser singela
E poderia ser doce
E poderia não ser
Como foi, como é
Poderia não ter sido
Como foi, como é
A Terra trouxe os tremores
Mas o dedo e o peito continuavam lá
A Terra trouxe os buracos
Os prantos, os choros
Mas o dedo e o peito continuavam lá
Mas o dedo e o peito continuavam lá
Mas o eu e o você continuavam lá.
Não desatou.
- O nó.
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