sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nos calamos

Nos calamos
Perante a inocência mascarada
Do doce linguajar de pobres crianças
Que nos envolvem de amor
Que nos cospem o ódio
Que nos faz delirar a lucidez

Nos calamos
Perante a sujeira esparramada
Os lençóis sujos de sangue
E toda aquela história de buscar
Que nos corrói
Toda vez que tentamos encontrar

E, mais uma vez, nos calamos
Porque não entendemos
O sentido da palavra "sonhar"
E ficamos mudos, surdos e cegos
Perante a sociedade que nos destrói
E, mais do que isso
Destrói também o nosso tentar.

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