terça-feira, 21 de junho de 2011

Frágil amor

A fragilidade me assusta às vezes. Não a palavra. Quer dizer, também a palavra. Mas em especial o sentido da palavra. Vejamos... Eu me assusto toda vez que ouço "fragilidade". Automaticamente meu cérebro capita o sentido da palavra e eu fico sem chão. Da mesma forma, quando me chamam de fraca ou instável, assimilo à fragilidade e começo a tremer. É sempre assim, com qualquer pessoa que ouve seu ponto fraco ou maior defeito emocional sendo comentado e admitido por pessoas que você só queria que te passasem a mão na cabeça. Comigo não foi diferente. Ainda mais comigo. Poxa, justo eu? É que toda vez que uma verdade é dita para mim - no caso, referente a mim - eu sobressalto, desanimo. Algumas pessoas gostam de ouvir suas verdades serem ditas. Algumas. Nunca disse que me enquadro nos termos "algumas", "todo mundo" ou "aqueles". Assim como nunca disse à vocês o quanto me perturba ter que ouvir certas coisas. Não por serem minhas verdades, mas por doer ouvi-las. De qualquer maneira, escutei. Sem saber como agir, sem saber o que falar, sem saber como te olhar nos olhos mais tarde. Levantei a cabeça, mas não abri meu coração ainda. Tá fechado. Do jeito que tu deixou quando, querendo ou não, arrancou alguma lasquinha daquele frágil espelho meu. Ora essa. Voltei a falar de fragilidade. Pois é. Faz parte da minha vida ser assim, do mesmo modo que faz parte dos meus olhos enxergar e do meu coração sentir. Ainda não permiti sentir depois de tudo. Além do mais, a tempestade ainda não acabou. Você viu, por acaso, algum arco-íris? É. Imaginei que a resposta fosse essa mesmo. Com cuidado, eu levantei a minha cabeça, como havia dito. Com muito cuidado. É que as lágrimas ainda vertiam diante daquela tela de computador. E não só as lágrimas como também o receio de voltar a sentir, de voltar a ser como estávamos sendo antes. Há um receio. Eu não quis que fosse assim. Essa apreensão que sinto está ligada com o meu maior querer. Tu diz que acabou. Tu diz que vai ficar tudo bem. E isso, sinceramente, é o que tu diz. E o que eu digo? Vem perguntar. Tá na palma da minha mão. Sem temor, responderei.

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