terça-feira, 14 de junho de 2011

Lugar vago

E se ecoa aquela voz que soa tão bem
Aos meus ouvidos, rouca, quase em veludo
É que desfiz dos nossos nós o teu eu
Para que eu fique alinhada ao teu rumo

Dos vários eu's que eu encontrei nesta estrada
Foram poucos que realmente ficaram
Pois nenhum deles era poeta bem amado
Do que tu, quando fala dos meus retratos

As tuas curvas se encaixaram nos meus dedos
E agora te escrevo para comprovar os teus olhos
Que me penetram e se põe a falar
Mas que farei eu, se não também te olhar?

E se tu passas quando não vejo?
E se tu ficas e eu nem percebo?
Eis que me ponho no teu lugar vago
E pego na tua mão para me esquentar.

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