quinta-feira, 7 de julho de 2011

Acolá

Turgidou tudo
estremeceu minhas pernas
e de nada vi
senão teu rosto plácido
que é um tanto vasto
para ecoar em mim

subiu meu sangue
e meu pulmão de ar dilatou
cresceu um tanto
parecia que pela boca iria sair
aquilo que aqui se acomodou
o que tu tanto alimentou

meus olhos embaçavam-se
e às vezes até marejavam
mas deles nada saía
senão alguma dúvida esculpida
em forma de gota de lágrima
que às vezes me escapava

minhas mãos liberavam suor
sendo que o frio era grande
e a minha boca liberava o ar
que nos meus pulmões sussurravam
e na minha respiração se manifestava
o belo e incrível ato de gaguejar

no exato segundo que tu entrou
eu saí, já que a porta estava aberta
e a tua voz rouca não gritou
o que eu tanto desejava ouvir na hora certa
mas cá estou eu, com os ouvidos alinhados
para que tu digas o que te fica apertado
Acolá.
Aqui.

Um comentário:

  1. te re-conhecendo. entre palavras e versos.

    :)

    guarda um abraço, de um desconhecido.

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