quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sobre "tu"

Acho que eu nunca lhe falei sobre o quanto eu amo quando tu me dá aquela olhada de lado, mordendo o canto dos teus lábios, fechando e abrindo teus olhos como se fosse em câmera lenta. E também  a forma como tu conduz a tua mão em direção à minha, apertando-me fortemente, fazendo com que a minha pele necessite cada vez mais do teu toque que, por sinal, é tão delicado quanto a forma como tu joga o teu cabelo pro lado, deixando que o vento o ajeite do modo que for. Sempre fica lindo, tão lindo. Mas mais lindo ainda é ver-te sorrindo, mostrando o brilho dos teus dentes esbranquiçados com o brilho dos teus olhos verdes. E eu nunca consegui entender claramente o que fazes comigo, pois toda vez que fico em ar absorto, apenas imaginando como tu estás, me vejo sorrindo a toa sentindo uma saudade imensa de ti. É nessas horas que tu liga pro meu telefone com aquela voz de criança - tão linda, tão linda! -, me fazendo ficar surpresa pela tua ligação não esperada. Não é só a voz de criança que tu tens. O olhar, a essência, o rosto... até a forma como tu me trata. Acho que eu nunca lhe falei o quanto amo esse teu jeito que, em determinados momentos, me surpreende com o teu eufemismo em ação. E gosto tanto, de lembrar, viver e inventar, pois me é excitante fechar os olhos e te ver ao meu lado em um mundo distante, ainda não inventado. E me é prazeroso fechar os olhos e lembrar dos inúmeros momentos que estive contigo, seja gritando, corrompendo, brigando, chorando, esperniando, incomodando, sorrindo, mas, sobretudo, amando tão intensamente que, para mim, olhar as estrelas já perdeu a graça, pois me encanto todas as manhãs, tardes e noites com um só brilho em minha vida. E me é, acima de tudo, instigante viver. Motivos eu tenho de sobra, encantos eu tenho toda hora que estou contigo, mas o amor me pertence até um certo limite: tê-lo é fácil, difícil é mantê-lo aqui. Mas isso já é questão de reciprocidade. Admito, repito, confesso: o meu amor depende do teu para viver.

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