quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Na linha da vida

Na linha da vida estamos nós. Caminhando tortamente com um equilíbrio regido de forças outrem. Completamente encabulados e perdidos. E estamos juntos nessa caminhada, do amanhecer ao entardecer do dia; da noite que vai e vem, sem sequer percebermos o valor da mesma. Buscamos praticamente as mesmas coisas, com uma visão e idealização ainda mais ampla do mundo que, por sua vez, cresce de forma inatingível e fabulosa. Na medida em que o tempo passa, começamos a observar melhor detalhes que antes se passavam despercebidos aos nossos olhos. Não seriam necessariamente as pessoas que se tornam importantes para nós, mas sim a convivência com elas. A vida nada mais é que uma troca de experiências e histórias, e estamos todos os dias conscientes da nossa necessidade pelo outro. Essa visão fica clara num trecho citado por Serrão e Baleeiro (1999): "Quando olhamos por alto as pessoas, ressaltam suas diferenças: negros e brancos, homens e mulheres, seres agressivos e passivos, intelectuais e emocionais, alegres e tristes, radicais e reacionários. Mas, à medida que compreendemos os demais as diferenças desaparecem e em seu lugar surge a unicidade humana: as mesmas necessidades, os mesmos temores, as mesmas lutas e desejos. Todos somos um". Essa unicidade humana citada no trecho acima, se refere ao fato de todos nós, sem exceção alguma, estarmos aqui procurando as mesmas respostas para tudo que nos rodeia. Embora fossemos intelectualmente espertos e inteligentes, tivéssemos tantos e tantos cientistas mundo afora, ninguém - em hipótese alguma - consegue (iu) explicar os fenômenos mais sensacionais que já puderam existir como os afetivos e sentimentais. A ciência já nos contemplou com muitas conquistas, menos a justificativa de tamanha afetividade que todos nós temos uns pelos outros. Dessa forma, estamos completamente interligados e talvez até, em determinadas mentes, "incomodados" com o fato de termos que admitir não só para os outros, mas para nós mesmos, que sim, precisamos, necessitamos - mais do que qualquer outra coisa – de contato, afeto, carinho, amor. A vida não é só um rio de amargura. É uma experiência inexplicável que deve ser aproveitada intensamente, mesmo que para essa experiência valer a pena você precise provar o quanto não teme por querer tanto alguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela presença. Seu comentário vai ser lido com muito carinho. Volte sempre!