domingo, 25 de dezembro de 2011

Do quartinho que eu estava...

Do quartinho que eu estava
onde não conseguia dormir
estava eu bem escorada
na janela, lembrando de ti

dos velhos tempos, onde o chimarrão
e os enlouquecidos risos eram nossos companheiros
e o vento, de tão forte, batia ao meu rosto
escrevendo num papel o teu eterno esboço

dessa peça miuda - sua humilde residência,
encontro no céu as estrelas mais lindas
que, enquanto sua permanência,
me servem de luz nessa minha carência

do bem material foi o que restou
do espírito eu não sei, mas o mar não o levou
pois ainda sinto aqui, nesta casa miuda, algo que canta
a mais grandiosa beleza em ti:
tua história gigantesca, minha querida avó Santa.

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