sonhos ásperos sem acentos
a vírgula que brisa nas minhas veias
o sangue correndo corpo adentro
acendo um cigarro de amor pra manter a vela acesa
fumaça que corre como um torpedo
que desliza nos muros de pedra dos teus olhos
e incendeia o mármore dos nossos enredos
estuprando o suspirar dos nossos trambolhos
a vida sapateando num chão de cinzas
o show que gostamos tanto de ver
esculpindo um céu de estrelas finas
fogueira onde a chama faz parte do meu ser.
Muito bom poema. Gostei especialmente do verso:
ResponderExcluir"nos muros de pedra dos teus olhos". Infelizmente sei bem o que é isso...
Apareça no blog. Tb vou seguir vc!
Abraço!
Demência 43
ResponderExcluirVoava sem asas pelo infinito
Conhecendo estrelas,
Visitando galáxias,
Invadindo o universo.
De sobressalto acordei em uma ilha
Cercada pelo mar azul.
Eu estava só, sem ninguém!
Um órfão perdido no meio do nada.
Adormeci com o espetáculo do entardecer
E acordei com o hálito frio da manhã.
Não havia pássaros e nem peixes
O que houve por aqui?
Sentei e meditei.
Meus olhos dirigiram-se para algumas pegadas
Que iam em direção ao mar...
O que quer que tenha saído
Desistiu de continuar.
Por certo levou notícias
De um mundo outrora belo,
Mas que por descuido e negligência
Não sobreviveu ao próprio flagelo.
Quis retornar às estrelas,
Mas não pude.
Acordei de um sonho
No pior dos pesadelos:
A raça humana deixara de existir!
Agamenon Troyan é escritor e poeta mineiro, auto do livro O ANJO E A TEMPESTADE