domingo, 4 de abril de 2010

Oh, my love...

Hoje eu ouvi a música que eu tinha te feito em Julho do ano passado. A primeira vez que eu a ouvi desde os últimos acontecimentos. É como se fosse um resumo de toda a minha vida em simples acordes no teclado. Acordes errados que contam uma história totalmente inversa a de hoje, mas que ainda assim, essa canção diz por mim. Foi uma coincidência totalmente estranha. Eu estava escrevendo num pequeno bloco de notas que tenho, quando caiu uma folha de papel. Pensei ser alguma das cartas que eu sempre escondo no meio das minhas coisas, mas quando o abri era essa canção. Não fiquei surpresa, não. Fiquei mais surpresa com o que eu havia escrito: "Minhas palavras são tão frias para a tua fragilidade / Não deixe que esse acorde estrague a tua vida / Não deixe que essa sequência de palavras nos destrua, agora, aos poucos, até o nada.". Minhas palavras foram tão frias contigo. Tão insensíveis. Eu mudei? Talvez eu tenha a resposta certa agora. Mudei, sim. Estou mais forte a cada dia que passa. "A fraqueza que eu julgava ser uma máscara para as minhas mentiras, acabou se transformando num punhal que me derrubou aos prantos no chão. E não havia ninguém para me levantar. Nem você". Não pense que o fato de eu ainda estar escrevendo pra ti, significa que eu tenha me arrependido de algo. Não, não me arrependi de nada, nem vou me arrepender. É como diz a canção: "Vivo na margem de um rio, contentando-me com toda essa enchente. Minhas escolhas foram tão exatas..."

O mundo não é mais o meu. Nem o teu. O nosso mundo já acabou. "Nosso", também. E todos aqueles pronomes possessivos.


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