sábado, 20 de novembro de 2010

À minha Vó

Três anos e parece que foi ontem que eu acordei e atendi o telefone. Três anos e parece que foi ontem que eu tive aquela reação. Três anos e parece que foi ontem que eu não quis acreditar no que estava acontecendo comigo. Três anos e parece que foi ontem que a minha vida mudou. Três anos e parece que foi ontem que eu sabia que não poderia fazer mais nada por você. Três anos e parece que foi ontem que você partiu, Vó. Essencial é uma palavra bonita, mas não expressa tamanha presença que você tem dentro de mim mesmo sem estar aqui. Aliás, não tem nada que expresse hoje a minha eterna dor. Parece que arrancaram um pedaço do meu corpo e eu sei que esse pedaço não pode ser consertado e não há nada que façam para ele voltar ao normal. Assim estou eu hoje. Seguindo em frente, como todos devem fazer, mas sempre com um pé atrás. Os caminhos não são tão fáceis assim, não. Eu sempre tento não pensar no pior, não pensar no que se foi, mas sim no que ficou, no que eu tenho que cuidar agora e, sinceramente, dói-me saber que você não vai estar aqui naqueles momentos onde tudo o que eu irei precisar é de um ombro familiar. Dói-me saber que você não vai estar aqui para me ver realizando meus sonhos e conquistando as minhas coisas com os meus méritos. Não há mais o que falar, Vó. A falta que você me faz aqui é tanta que até as palavras me faltam.

Sorrir, sempre.
Foi só uma das melhores coisas que eu herdei de ti.

Um comentário:

  1. É, xará. Existe uma diferença entre sentir a falta de uma pessoa que já se foi, do que aquela falta que sentimos de uma pessoa que continua aqui, mas não mais presente nas nossas vidas. Talvez seja a mesma dor, é saudade do mesmo modo. Mas de qualquer forma, esse amor que tu sentes pela tua vó, e essa falta que ela faz, eu sei bem. Perdi um irmão. Vezquando, fecho os olhos e imagino como seria as coisas se ele estivesse aqui. Sinto ele presente dessa forma. Porque sei que mesmo ele não estando mais aqui, o sentimento é aquele de família, sincero, profundo e ETERNO. Dentro do coração, sempre vivo(a).

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