segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E pra mim

"Tá tudo em paz", me dizia ele sorridente a me beijar naquela noite pouco estrelada, mas ainda assim brilhante porque era você quem estava do meu lado. E se foi assim talvez a melhor época das minhas férias, os melhores dias cinzentos, as estrelas mais lindas e a tua voz suave, sussurrando no meu ouvido que se vai, que se vai... Quero te fazer uma pergunta e quero encontrar na tua resposta a sinceridade com que te conheci. Quero saber: por que? Por que apareceste na minha vida só agora, só agora? Te queria por perto por tanto tempo. E queria ter tempo o suficiente pra te mostrar que eu posso sim te fazer feliz, te fazer sonhar, te fazer viver. Regar as flores do teu jardim, te ajudar a contemplar o céu, a vida, o amor que está em todos os lados e está aqui, no nosso lado. Eu não abri porta nenhuma para você entrar. Eu não tenho portas. Me encontro numa sala aberta, cujas paredes sumiram com o tempo. Eu não procuro nada por aqui. Eu não procuro nada por um belo tempo. E talvez seja isso, talvez seja esse o nosso grande mistério: procuras não são correspondidas, mas quando alguma coisa encontra você por acaso, aí olha pro céu, meu caro, e agradeça pois a vida sorriu pra você.

E pra mim.

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