sábado, 12 de fevereiro de 2011

Entre teus dedos

Eu vejo inquietação, ansiedade pelo ainda não vivido, ainda não visto. Eu vejo contradições que, interpretadas melhor, não passam de indecisões. Eu vejo um mutirão de sonhos ao teu redor e do teu lado, eu. Tu queres saber o que eu pensei quando te vi pela primeira vez? Eu poderia dizer-te que não pensei nada, mas estaria mentindo. A primeira coisa que eu pensei foi no quão lindo são teus olhos observando a vida naquela calorosa noite. E o teu jeito, e a forma como caminhas, e a forma como tu se refere a mim. É tudo tão novo para mim, para nós. E lidar com essas flores novas, regar esse teu jardim, é difícil pra mim. É difícil porque foi tão cedo, tão rápido e ao mesmo tempo devagar, intenso. Digo-te que não existe calmaria mais digna do que pegar na tua mão e sentir a tua pele. E sentir o teu perfume soprar com o vento. E ficar ali, não querendo ir embora, querendo te levar comigo pra onde eu for, querendo que tu segure firme a minha mão. E se passa tantas coisas nessa minha cabeça quebrada. E se passa uma vida nesse meu coração. Mais viva ainda. Agora que peguei a tua mão.


2 comentários:

  1. Realmente um ótimo texto.
    Enquanto passava meus olhos por cada linha, dava para sentir a sensação do perigo, do novo, do inscontante. Talvez, um sentimento caminhando.
    Ótimo mesmo!

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  2. É, tá caminhando. Vamos ver por qual caminho ele escolhe ir, né? (:
    Obrigada pelo comentário!

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