quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fotografia

Mas tem sido difíceis esses dias. Acordar, ir à escola, arrumar a casa... Embora eu tenha tantas responsabilidades e pessoas me esperando, o acaso me fez voltar aqui. Ando falando com a minha cadela e já acho que to ficando louca. Não. É falta de ter alguém pra conversar mesmo. Mas tenho me privado, acima de tudo, de causar tanto transtorno na vida das pessoas falando sobre meus pensamentos medíocres. Ainda penso, confesso. Pouco, mas penso. Basta, não basta? E eu sei o quão difícil é ler isso, escrever também é, acredite. Os meus versos, os teus jeitos e outras lembranças que eu guardo e abraço todas as noites. Não acredito que depois de seis meses volto aqui para falar disso. É um soco no escuro. É um aperto enorme. É uma dor inigualável que ninguém, nem mesmo eu posso entender. Mas tem sido difíceis essas noites. Tentar dormir e não conseguir porque a insônia me persegue é mais do que ridículo. Ou então acordar no meio da noite desesperada, querendo um abraço sem fim, um beijo, um carinho qualquer. E faz falta. Faz tanta falta que não me enxergo mais aqui. Só não faz sentido. Nada disso. No entanto, creio que eu tenha aprendido a não procurar mais por coisas que eu sei que não darão certo. Eu tentei. Já falei isso quinhentas vezes, mas não me canso de repetir. Faz tempo que não falo mais a tua língua. É que meu novo idioma tomou conta de mim. E minhas novas palavras, virtudes, amizades e outras coisas a mais. E também tem aqueles cacos, você lembra? Se foram. Juntaram pra mim quando eu não tive forças. E cá estou eu. Que diabos faço aqui?

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