sexta-feira, 10 de junho de 2011

Doces pupilas pretas

Eu poderia ficar aqui olhando estes olhos por dias. Não haveria uma palavra que pudesse interromper o meu momento de "magnetismo". E nem se quer a chuva caindo sob nossos rostos. Talvez a noite pudesse fazer alguma coisa. Talvez o som da tua voz sussurrando coisas ao meu ouvido pudessem me fazer fantasiar os teus lábios nos meus. Talvez. Nada certo. E eu continuava a observar como tuas pupilas pretas são grandes e intensas. Tais renascentistas provaram o quanto cores escuras nos demonstram imensidão. E talvez, mais uma vez - talvez - seja isso mesmo que eu goste tanto em ti. A tua imensidão. A tua intensa imensidão. Não só as pupilas pretas as quais passo a observar toda vez que lhe vejo, mas o teu "eu" tão incompleto e brilhante do qual gosto tanto de falar. Que soe do jeito que for. Que aconteça do nosso jeito. Que seja assim, tão bom, quanto já é. Que me dê ainda muitos motivos para sorrir. Que me enrole nos teus braços e me alucine nos teus lençóis. Que me traga rosas vermelhas com o teu perfume. Que seja ainda mais belo e doce, como as tuas pupilas pretas.

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