sábado, 24 de setembro de 2011

As flores e tu

Então eu me lembro das cores vivas do Carnaval; do meu cheiro exalando cerveja; dos meus all star pretos completamente sujos; da minha camiseta lambuzada de tudo quanto é coisa; do meu cabelo desajeitado; da minha ânsia aguardando certo alguém. E aí me recordo da minha cara de eu-não-acredito-que-isso-está-acontecendo. Levo algum tempo até perceber que toda aquela sensação de felicidade misturada com surpresa era pura realidade. Foi um momento lindo de ser vivido. E sentido. E visto. E se eu pudesse, acredite, voltaria para essa recordação ao menos uma vez. Quem me dera se retroceder ao tempo fosse fácil. E se fosse não me arrependeria de ter escolhido você. Aliás, escolheria novamente, pois é admirável a forma como mudaste com a minha vida e se tornaste não só um grande amor, como parte de mim também. Em tão pouco tempo. Com tanta intensidade. E essa é a vida que eu não entendo, mas julgo-a perfeita, com todo o seu acaso. É por isso que gosto tanto de flores. A gente nunca sabe quando elas vão desabrochar e talvez até seja esta a magia: do não saber. A surpresa mais linda ainda é quando elas não desabrocham e continuam ali, insinuando (com razão) toda a sua beleza. Mas nem todas as flores do mundo seriam suficientes para ti. Não chegariam aos teus pés. Tornar-se-iam galhos com folhas soltas. E nada mais que isso. Não que tu roubaste da beleza delas, mas é tão mais linda que todas as flores juntas, meu amor. E todas as flores juntas perto de ti seriam apenas flores.

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