sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sobre termos (do verbo ter)

Sempre foi bonito ver-te, mas nunca como agora. E talvez nunca como o amanhã. Agora, neste finalzinho de noite, de tanto que absorta penso em ti, não sinto os mosquitos do verão picarem a minha pele, nem ouço as vozes barulhentas que vivem na minha residência. Também não me dou por conta que estou ouvindo música. E quando penso que a música está tocando, ela acaba. E aí penso "mas já??". É sempre assim, porque é sempre que eu penso em ti. E me é extremamente estranho tudo isso, pois até hoje, depois de quase um ano de vivência ao teu lado, sinto - sim, ainda - o peito latejando de saudade nas horas que não te vejo, as unhas roídas parecendo um capacete, os dedos se cruzando entre si de ansiedade. Tudo por ti. Até às vezes em que me convenço que tu me abandonaste, com aquele drama típico de uma garota libriana, gerando uma discussão que sempre (ou quase sempre) termina em beijos. Tem também das noites lindas que me comovo sempre que lembro. Das noites que pareciam não ter fim. E eram tão nossas. E ainda são. Tão grudadas em mim e em ti. Estão tatuadas no suor dos nossos corpos. Da tua pele esbranquiçada, tão bela. Nos corações que permitimos, tão estranhamente, se condensarem. E até nos nossos cérebros insanos, corrompidos por pensamentos ridículos de outrem. Nas nossas vidas e futuras escolhas. Nas nossas mãos, não definimos o que temos. Mas o que sabemos, já basta: nos temos, mas não tememos.

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