terça-feira, 20 de novembro de 2012

Paz

De repente a gente se conheça de novo. Numa boate qualquer, com pessoas quaisquer, com um olhar qualquer. De repente tudo esteja recomeçando, como se tudo o que já vivemos tenha sido apenas uma preliminar do que é dito como "vida". Vamos, se solte! Vamos dançar mais umas músicas, beber umas geladas, cantar alegremente, merecemos! A gente sempre precisa acreditar em alguma coisa, mesmo que essa coisa seja totalmente fora do nosso senso de realidade - é preciso acreditar, pois é isso que nos mantem sãs, tendo em vista a loucura que é percorrer os caminhos da vida. Sempre existe, mesmo que seja lá no fundo, uma esperança intensa e profunda de que algo bom aconteça. Uma esperança que rege a vida da gente, que nos coloca a par de uma realidade diferente da nossa, que nos faz tormarmos as decisões mais emotivas e significativas para o nosso coração - não pra gente. Tenho anasalido constantemente cada milímetro do teu corpo para ver qual pinta está fora do lugar, se a cor da tua pupila ainda é a mesma, se o teu olhar em mim ainda brilha. E vejo, meu amor, que mesmo lá no fundo (como eu havia dito) - sinto - que há sim uma esperança muito grande dentro de nós, que nos dá força para continuarmos com nossas decisões frustantes e ressabiadas. Mesmo que voltemos para a realidade da nossa vida de forma negativa, as coisas se superam na medida em que os dias passam. E eu continuarei aqui, com minha eterna esperança equilibrando a minha paz interior. De repente a gente se conheça de novo. Ou de repente a gente nunca havia se conhecido antes. Tudo depende do ponto de vista. Tudo depende de que ponto tu queres começar. Porque, de repente, nada de dentro da gente tenha mudado. De repente tudo tenha continuado igual.

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