Não culpo a ciência por ter nascido tão frágil e desorganizada. Nem
culpo a mídia por me passar tantas informações, fazendo eu me perder
nessa bagunça instável do meu ser. Nem Nietzsche me entenderia,
até que me é compreensível. Ando deslocada num “on call” tão
desnecessário, mas que me é bonito. E tantas coisas “me são”
ultimamente.
Olha pras nuvens e vê se me enxerga por lá. No meio desse céu imenso,
quem é que não vai se perder diante da luz? A cada esquina tem uma
coisa esquisita que esbarramos vez’enquando, e a cada estranheza o sol
se desfaz nas nossas mãos. Não deixe. Não corra. Não sonhe demais. Dois
pontos e uma frase de impacto seriam insuficientes pra concluir esse
parágrafo.
Sei que não compreendes aonde quero tanto chegar. Nem eu mesma sei,
só me vou. A mudança e busca pelo novo é o que rege os meus caminhos
agora. Entrego minha mão pra quem quer segurá-la, não pra quem foi sem
se despedir. E não me despeço também. Esse não é meu último texto, nem
será. A única certeza que tenho é que a incerteza do futuro me sufoca,
mas não me para. A coragem está nas minhas mãos.
Olhou pras nuvens? Me viu por lá? Não deve ter visto. Eu estou em
Nárnia, no outro lado do jardim da Babilônia, correndo com as ovelhas,
descartando qualquer coisa que faça sentido nessa minha escrita, porque o
destinário para qual escrevo não vai entender e eu não vou saber
explicar.
Pega um meteoro e vai pra Marte. Eu ficarei bem aqui.
Bem, aqui.
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