terça-feira, 5 de junho de 2012

Quero teus beijos. Quero ele e todas as outras coisas boas e bonitas que ele me traz. Assim como o vento sopra frio meu coração sopra o quente. Meu corpo, cada vez mais egoísta, grita pelo teu nome nos finzinhos de tarde, quase noite, e também nos começos do dia - o amanhecer. Nas minhas veias corre o sangue mais vermelho já visto, nas tuas o mais doce. E somos os opostos mais parecidos de todos. Sorrimos, mesmo que o frio permaneça; brigamos, mesmo que o sorriso não se controle. A verdade - assim como a felicidade - nos consome por inteiro e isso nos faz sermos quem realmente somos. Coração não é tão simples quanto pensamos. Fomos feitos para sentir, seja lá o que for, e se não sentirmos, a sede de vivências e experiências jamais será saciada. Somos deveras viciados, dos piores. Mas por mais que falamos, falamos e falamos, de nada dizemos, mesmo que as palavras nunca acabem.

Holocausto

Falo sem a precedência de um amor qualquer. Nas estórias desastrosas que o caminho da vida nos permite viver (ou morrer, simultaneamente) o jogo se foca nas experiências estúpidas que somos obrigados a sentir. Aqui, no lugar em que me encontro bordo ao redor da tua casa o desfecho dos meus sentidos. E vejo que se tu estás aqui é porque quer realmente estar. E vejo tantas coisas que se confundem em minha mente - rabiscos tortos de um olhar qualquer. Sentia falta disso aqui, da minha casa, do meu lar. Sentia falta de sentar à esta humilde cadeira e percorrer os milhões de quilômetros distantes do meu lugar. A música continua a mesma. O toque na pele, o beijo. Até os versos que eu canto vezenquando continuam tão mais lindos e puros. E eu também. Mesmo que na metáfora da vida a gente se perca às vezes, eu consigo compreender as minhas futilidades tal qual entenderia as tuas. As respostas que antigamente eu não conseguia enxergar estão cada vez mais claras dentro de mim. Estou a pé nesse holocausto de lembranças ruins, mas estou bem. O mundo que nesse planeta gira faz a minha órbita mudar toda hora de lugar. E toda hora é pouco para quem quer viver sempre mais.