domingo, 12 de maio de 2013

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A calmaria me encanta, mas a loucura me fascina em todas as suas formas. Em tempos de uma quase terceira guerra mundial, ainda encontramos sossego, paz e leveza... Tem noites que me sinto dentro de uma bolha de sabão, sendo carregada pela ventania que o teu corpo faz quando se junta ao meu. Tem dias que só a gente sabe o que se passa dentro de nós, dessa coisa esquisita e ambulante que chamamos de coração.

Eu poderia falar qualquer coisa à respeito dos teus defeitos se os encontrasse, mas me soa bonito até o teu romantismo careta e meio sem noção. Olha só, eu aqui de novo, que tanto falava e relatava minhas histórias fodidas agora me concentro em uma outra vida que se cruza com a minha. Pensei que pudesse estar na estrada errada, andando para o lado errado. Pensei tantas coisas e tantas outras eu nem disse nada, e agora me vejo aqui, escrevendo que tua cara é meu riso frouxo, teu abraço um lugar bonito que encontrei pra morar.

E ficar.


sábado, 4 de maio de 2013

Sobre saber

Às vezes me esquivo. Não porque quero, mas veja bem: é impossível não recuar quando lhe falta o passo. Ou se cai, ou se trava. Segunda opção, no meu singelo caso. Permaneço recuando, às vezes mais, às vezes menos, tudo depende da forma com que se diriges a mim. E também tem aquela história de riso imediato ou timidez causada pela tua cara linda naquele corredor cheio de gente patética - diagnósticos que tu mesma fizestes, bêbada, claro. Irremediavelmente seguimos recuando. No acaso, a gente esquece de recuar e acabamos nos embebedando de uma coisa que, ainda, (repito: ainda), não sabemos do que se trata ou como lidaremos daqui dois, três, quatro dias ou meses ou anos ou vidas. Ou eu te confundo, ou me confundes. E talvez seja esse mesmo o ritmo do baile: o mistério, o não dito, o não expressado, o não demonstrado. Porque sabemos que não saber é mais fácil e emocionante do que saber (em partes). E sabemos que saber é tanto quanto demasiado de emocionante do que não saber (em partes). E sim, existe diferença entre uma coisa e outra e essa diferença é o que compensa e realmente faz valer a pena.

Quem dera abríssemos nossos corações para o desconhecido; fossemos sutilmente preparados para a próxima etapa, sem que haja qualquer tipo de medo ou angústia decorrente de uma noite de amor mal dormida. Quem dera fossemos mesmo, nós mesmos, hoje e sempre e que não houvesse pessoas ao meio, com cabeças e sentimentos não esclarecidos. 

Mas somos. E sabemos que somos, antes de tudo. Porque, como já havia dito, é preciso que saibamos: da estrada, das curvas, do chão que pisamos - é preciso que saibamos. E queria que soubesses que eu preciso saber mais de ti, das tuas curvas, do teu chão, do teu mundo, da tua história. Porque saber é mais emocionante do que não saber (em partes).