quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tô cada vez mais apaixonada

Tardes ensolaradas, dias quentes e cabeças frias. As pessoas se perdem na vida. E eu me perco nas pessoas. É sempre assim. Ou quase sempre. Tô cada vez mais apaixonada. Sim, apaixonada. Tem gente que tem medo desse termo porque é algo relacionado à afetividade, mas honestamente, tô cada vez mais apaixonada. Tenho um fusca na minha garagem, planos para a minha vida, um violão profissional, amigos alegres e confiáveis, familiares responsáveis e presentes, agora pergunto: o que mais eu quero da vida? Eu tô bem assim. Tô cada vez mais apaixonada. Sigo repetindo isso pra mim. Todo dia. Porque se a vida foi feita para se viver, pra que me privar de ser o que eu quero ser? Tô cada vez mais apaixonada. As cores, o ar, as pessoas, MEU DEUS, as pessoas são apaixonantes! Não posso me esquecer também do sol, da lua e todos esses astros que nos regem. Tô cada vez mais apaixonada pela vida, pela música, pela natureza. Tô cada vez mais apaixonada. Tô cada vez mais apaixonada.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

(...)

Um dia me perguntaram de onde surge tanta inspiração pra eu escrever. Respondi com convicção: "eu não sei". E de fato, isso não foi uma ironia. Eu realmente, até hoje, não sei de onde saem tantas palavras de dentro de mim. No entanto, creio que se eu soubesse, não teria mais o que escrever. E, pra ser sincera, toda vez que eu releio alguns textos meus, sinto vontade de apagar tudo. Só que sei que se eu fizesse isso muita coisa em mim iria voltar. Essas coisas que eu tanto falo são lembranças, e de lembranças eu estou cheia - prefiro deixá-las guardadas dentro dessa minha gaveta. Parando para pensar nisso, percebi o quanto eu guardo coisas aqui. Sei lá, é meio antigo esse meu modo de ser e de pensar, mas tudo que tem aqui dentro são coisas que também já estiveram dentro de mim um dia, por esse motivo sei que se eu apagasse alguma coisa daqui, essa tal coisa voltaria para mim com a mesma intensidade em que a senti pela primeira vez. Tô viajando. Eu só precisava escrever isso. É assim que a coisa funciona comigo: quando der vontade de escrever, não hesite, Fernanda, não hesite.

O céu

Eu costumava ouvir coisas sobre o céu. E dentre essas tantas coisas que eu ouvia, presenciei já muitas pessoas fazendo promessas à ele, como se houvesse alguma coisa atrás daquele infinito manto azul. Nunca entendia nada, afinal, eu era apenas uma criança inocente que não tinha ideia do que estava fazendo dentro desse globo da morte. E foi então que eu comecei a questionar meus pais sobre a vida. "Isso é muito complicado para você", a frase que eu mais ouvia. Resolvi com bastante determinação e dedicação, entender o que havia por de trás da transparência do céu, da noite, do dia, da luz, da escuridão e até mesmo da chuva. Não sei se alguém já percebeu isso, mas as crianças são bem mais determinadas do que os adultos. Digo isso porque pelo menos eu era. Elas não tinham uma vida pra perder tomando alguma decisão errada. Elas não tinham decisões a fazer. E eu me decidi. Peguei alguns óculos do meu pai e, inocentemente, comecei a analisar o céu. Eu achava que usando aqueles óculos com os graus grandes e precisos, eu iria enxergar o que não se pode ver apenas com os olhos. Futilidade. Perca de tempo. I-di-o-ti-ce. É o que eu penso hoje a respeito disso. Certo, eu era apenas uma criança. Na realidade, o que não me conformo mesmo é de me questionar sobre o céu. Justo o céu. É uma coisa óbvia. No céu não encontramos nenhum Senhor, nenhum Deus, nenhum Zeus. No céu só há estrelas, nuvens e luz. E se a luz for o Senhor, isso eu também não sei e, honestamente, não preciso saber. Cansei de dúvidas intactas e perguntas não correspondidas. Chega de pensar daonde eu vim, pra onde irei, qual é a minha missão. Isso não existe e só vai existir quando não houver mais nenhuma pergunta para subestimar a tal existência. Que comece essa nova fase, tentando ser o que eu quero ser e não o que eu devo ser.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E pra mim

"Tá tudo em paz", me dizia ele sorridente a me beijar naquela noite pouco estrelada, mas ainda assim brilhante porque era você quem estava do meu lado. E se foi assim talvez a melhor época das minhas férias, os melhores dias cinzentos, as estrelas mais lindas e a tua voz suave, sussurrando no meu ouvido que se vai, que se vai... Quero te fazer uma pergunta e quero encontrar na tua resposta a sinceridade com que te conheci. Quero saber: por que? Por que apareceste na minha vida só agora, só agora? Te queria por perto por tanto tempo. E queria ter tempo o suficiente pra te mostrar que eu posso sim te fazer feliz, te fazer sonhar, te fazer viver. Regar as flores do teu jardim, te ajudar a contemplar o céu, a vida, o amor que está em todos os lados e está aqui, no nosso lado. Eu não abri porta nenhuma para você entrar. Eu não tenho portas. Me encontro numa sala aberta, cujas paredes sumiram com o tempo. Eu não procuro nada por aqui. Eu não procuro nada por um belo tempo. E talvez seja isso, talvez seja esse o nosso grande mistério: procuras não são correspondidas, mas quando alguma coisa encontra você por acaso, aí olha pro céu, meu caro, e agradeça pois a vida sorriu pra você.

E pra mim.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Entre teus dedos

Eu vejo inquietação, ansiedade pelo ainda não vivido, ainda não visto. Eu vejo contradições que, interpretadas melhor, não passam de indecisões. Eu vejo um mutirão de sonhos ao teu redor e do teu lado, eu. Tu queres saber o que eu pensei quando te vi pela primeira vez? Eu poderia dizer-te que não pensei nada, mas estaria mentindo. A primeira coisa que eu pensei foi no quão lindo são teus olhos observando a vida naquela calorosa noite. E o teu jeito, e a forma como caminhas, e a forma como tu se refere a mim. É tudo tão novo para mim, para nós. E lidar com essas flores novas, regar esse teu jardim, é difícil pra mim. É difícil porque foi tão cedo, tão rápido e ao mesmo tempo devagar, intenso. Digo-te que não existe calmaria mais digna do que pegar na tua mão e sentir a tua pele. E sentir o teu perfume soprar com o vento. E ficar ali, não querendo ir embora, querendo te levar comigo pra onde eu for, querendo que tu segure firme a minha mão. E se passa tantas coisas nessa minha cabeça quebrada. E se passa uma vida nesse meu coração. Mais viva ainda. Agora que peguei a tua mão.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sobre partidas

Rodoviárias, abraços, despedidas, beijos e o "fique com Deus" me comovem. Por mais que seja uma partida provisória ou que, de alguma forma, um dia voltará, também dói. É que estamos completamente ligados a este meio de vida lindo de viver. É que os laços nunca se partem em fronteiras. As coisas boas sempre acabam ficando, independente de quem esteja partindo. No meu caso, por mais que eu tente fazer de tudo pra não me apegar, é quase que impossível deixar passar por despercebido esse teu jeito meigo e atencioso, ora engraçado e divertido. Dizem por aí que as coisas não acontecem por acaso, que tudo tem um motivo de estar ali. Não sei. Eu me questiono todos os dias a respeito da vida e das coisas que aconteceram pra mim até hoje. Por que todas as pessoas que me encantam aparecem justamente em momentos que eu não estou as procurando? É tão estranho. É tão estranho depois de tantas emoções vividas, tantos pedaços do meu coração que foram juntados, voltar aqui nesse meu canto e voltar a falar de partidas, rodoviárias, abraços, despedidas, pessoas e mais pessoas. A vida realmente é uma caixinha de surpresas, e é graças a essa caixinha que eu permaneço aqui até hoje. Sobre partidas, sobre troncos e barrancos, tentando desvendar esse mistério que é a vida.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Deixe-me ser esse quem a chama de amor toda a hora?

Deixa eu parar na tua rua? Prometo não chegar rápido demais na tua casa. Queria te dizer de algumas coisas que eu tô deixando fluir. Queria realmente te dizer se houvesse algo a dizer. Queria que soubesse quem eu sou. Queria descobrir quem tu é. E ah, eu queria tanto... Deixa eu ficar aqui? Não me tira desse lugar, não. Gosto dele, tem seu cheiro, sabia? Deixa eu te mostrar alguma coisa. Apenas deixe. Let it be, já dizia Lennon e até o próprio Caio. Deixe, deixe.
Teu perfume.
Sei lá. Eu realmente não sei.
Tua face.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Something

Há algo. Eu sei que há algo. Aqui, ali, nas quatro paredes que me fecham nessa sala. Há algo. No fundo dos teus olhos, nos teus lábios, na tua doçura. Digo e repito: há algo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O centro do universo só tem ET's.

Eu poderia escrever qualquer coisa, mas ainda insisto na insanidade.

Pra rua me levar

Preciso olhar para as margens desse rio que me leva e tentar entender porque tudo está balançando mesmo não havendo ondas. Ah, como eu queria navegar a vida inteira nessa água. Ela me leva e me lava, e nela eu me entrego e me enxergo. Tem dias que eu sinto frio mesmo estando calor. Tem dias que eu quero voar mesmo sabendo que não possuo assas. Me jogo na rua da vida pra ver se algum carro passa e me leva. Ouvi uma buzina. Quem é?